segunda-feira, 21 de março de 2011

Não me retenham da glória - por Einstein Arruda


Muito triste acompanhar o grande sofrimento pelo qual nosso ex-vice-presidente tem passado nos últimos dias! Alguns o tem reputado como guerreiro e herói, face ao desafio de combater essa doença tão desleal e avassaladora. Fica bastante clara sua intenção de não se despedir deste mundo, pelo menos, por enquanto. Quem sabe pela conta bancária robusta ou, talvez, pelas iguarias variadas tantas vezes expostas na mesa do jantar, quando não em restaurantes, os mais requintados do país? Talvez ainda pelo número de servos ã disposição de um só movimento imperativo dos lábios? Afinal onde será que estaria posto seu coração? Longe de mim tal julgamento, pois nunca pude com ele conviver e nem tampouco seria a pessoa mais autorizada a emitir uma opinião à distância. Contudo, ao que tudo indica, parece mesmo é que não há um apego à outras coisas que não a estas, temporais! Mas, infelizmente, é hora de vê-las a escorrer pelos vãos dos dedos! Enquanto por aqui, presenciamos essa história tétrica de alguém lutando por mais alguns dias de vida, ao olharmos para a história, vemos outro alguém pronto a dela se despedir! 
Conta-se que o Dr. Lloyd-Jones, em fase terminal de seu câncer de próstata,  poucos dias depois de ficar sem fala e com a mão trêmula, assim escreveu em um pedaço de papel para sua esposa Bethan: “Não orem pedindo cura, não me retenham da glória”. Quão fascinante e diferente a posição deste último em relação à do primeiro!

O Dr. Martyn Lloyd-Jones (1899 - 1981), é considerado um dos maiores pregadores protestantes do século XX. Por quase 30 anos foi o ministro da Capela de Westminster, em Londres. Depois de deixar a medicina em 1927, ele se tornou o ministro de uma Igreja Presbiteriana em Aberavon, no sul de Gales.


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