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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nosso Grande Deus – Ne 9.1-37

propaganda blog por Rev. Jocarli A. G. Junior

Em Neemias 8, as pessoas ouviram a Palavra de Deus e choraram em arrependimento, reconhecendo quão seriamente eles e seus antepassados ​​tinham pecado contra Deus. Mas aquele era um momento de festa e assim Neemias e os outros líderes exortaram as pessoas para não chorar, mas para se alegrar, acrescentando que “a alegria do Senhor é a nossa força” (8.10). Mas agora, dois dias depois da Festa dos Tabernáculos, o povo se reúne novamente, desta vez, em jejum, com pano de saco e terra sobre a cabeça. Uma demonstração externa de uma profunda lamentação e peso no coração pela própria iniquidade. O povo estava arrependido!

Mais uma vez, a lei do Senhor foi lida por várias horas, e em seguida, os levitas, talvez liderados por Esdras, fazem uma grande oração de confissão. Juntamente com Esdras 9 e Daniel 9, esta é uma das grandes orações de arrependimento e confissão da Bíblia. Esta oração é cheia de instrução sobre quem é Deus, quem somos, e como Deus tem graciosamente trabalhado em favor do Seu povo.

O capítulo 9 traz três lições simples, mas importantes:

I. Nós somos tão propensos a pecar
“1 No dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel com jejum e pano de saco e traziam terra sobre si. 2 Os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estranhos, puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais. 3 Levantando-se no seu lugar, leram no Livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia; em outra quarta parte dele fizeram confissão e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9.1-3)
“No dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel...” (v. 1) – Quando o povo se reuniu na porta das Águas era o primeiro dia do mês, quando se juntaram para ouvir a Lei do Senhor durante toda a manhã, possivelmente, por cinco horas de duração. No segundo dia, os chefes de família retornaram, e descobriram em seu estudo nos livros da Lei de Deus que não estavam mantendo a Festa dos Tabernáculos - a Festa da Colheita. Então, no dia quinze do mês, eles celebraram a Festa dos Tabernáculos – uma festa que durava sete dias. E no oitavo dia eles realizaram uma assembleia solene. Mas agora, é o vigésimo quarto dia. Houve alegria na Festa dos Tabernáculos, mas agora é um tempo para chorar. Durante um quarto do dia, eles ouviram a leitura das Escrituras - três horas, talvez. E por mais três horas, eles adoraram e confessaram seus pecados a Deus.

Na maioria das igrejas, hoje, seis horas de culto, com três horas de pregação e três horas de oração, provavelmente resultaria em alguns pedidos de demissão do Pastor, mas para o povo judeu, aquele dia, era o começo de uma nova vida para eles e sua cidade.[1]

“Os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estranhos, puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais” (v. 2) – Finalmente, eles colocaram em prática as palavras de Esdras. As pessoas se separaram do mundo enquanto se aproximavam do Senhor (Ne 9.2; Ed 6.21). Uma separação sem devoção ao Senhor torna-se isolamento, mas a devoção sem separação é hipocrisia (ver 2Co 6.14-7.1). A nação de Israel foi escolhida por Deus para viver separado das nações pagãs ao seu redor (Lv 20.26). O apóstolo Pedro aplicou estas palavras para os crentes na igreja de hoje (1Pe 1.15; 2.9-10).

Esse chamado para se divorciarem de suas esposas de origem pagã era necessário porque o que havia sido feito sob a liderança de Esdras, 14 anos antes (Ed 10), só havia alcançado um êxito parcial. Muitos tinham se esquivado do divórcio e permanecido com suas mulheres pagãs. Talvez novos transgressores também tivessem surgido, e estivessem sendo confrontados pela primeira vez. Os esforços de Neemias para eliminar esse tipo de mistura maligna foram bem-sucedidos.

“Levantando-se no seu lugar, leram no Livro da Lei do SENHOR, seu Deus, uma quarta parte do dia...” (v. 3) – Eles leram por mais de três horas a respeito dos pecados de seus pais, e, por mais de três horas confessaram a sua participação em obras más semelhantes. A Bíblia desnuda a verdadeira condição de nossos corações diante de Deus. “... A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.12-13).

João Calvino abre o Livro Um de suas Institutas, tratando acerca do “Conhecimento de Deus”. Para ele, quando temos qualquer conhecimento de Deus, conseguimos ver quem realmente somos: “... É notório que o homem jamais chega ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes contemplado a face de Deus, e da visão dele desça a examinar-se a si próprio. Ora, sendo-nos o orgulho a todos ingênito, sempre a nós mesmos nos parecemos justos, e íntegros, e sábios, e santos, a menos que, em virtude de provas evidentes, sejamos convencidos de nossa injustiça, indignidade, insipiência e depravação. Não somos, porém, assim convencidos, se atentamos apenas para nós mesmos e não também para o Senhor, que é o único parâmetro pelo qual se deve aferir este juízo”.[2]

Assim, temos que ler este capítulo e perceber que estamos olhando no espelho. Ele descreve a propensão do nosso coração!

“...em outra quarta parte dele fizeram confissão e adoraram o SENHOR, seu Deus” (v. 3) – No vigésimo quarto do mesmo mês, três semanas e meia mais tarde, um dia nacional de arrependimento foi realizado.[3] O povo também teve tempo para confessar os seus pecados (v. 2-3) e buscar o perdão do Senhor. O Dia anual da Expiação havia passado, mas os adoradores sabiam que precisavam de uma purificação e renovação do Senhor.

Oito levitas se levantaram e expressaram seu sofrimento espiritual. Um segundo grupo de oito levitas conduziu uma oração responsiva de louvor. Aparentemente, todos eles recitaram a oração em uníssono, por isso deve ter sido escrita antes. Desde que a linguagem é semelhante à oração em Esdras 9, é bem provável que, o grande escriba e sacerdote seja o autor da oração (9:3-4).[4]

As pessoas não só reconheceram o seu pecado individual, mas também, entenderam que eles faziam parte de um povo ou nação e, portanto, também eram coletivamente culpados (v. 2).
Este é o oposto do que algumas pessoas fazem hoje. Quando os judeus dos dias de Neemias confessaram os pecados de seus pais, eles reconheceram a própria culpa pelos pecados de seus pais. Hoje, se as pessoas se referem aos pecados de seus pais, eles se desculpam, em vez de assumirem qualquer responsabilidade. Eles culpam seus erros em seus temperamentos ou pela maneira como foram educados.[5]

Há um paradoxo na vida cristã: quanto mais você anda com Deus, mais você fica ciente da depravação terrível de seu próprio coração. Não foi no início da vida cristã de Paulo, mas no fim que ele disse, “... Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Tm. 1:15). Ele não disse, “entre os quais eu costumava ser o maior de todos”, mas em vez disso, “Eu sou o maior de todos”. Quanto mais Paulo andava com Deus e contemplava Sua justiça perfeita, mais ele estava consciente de seu próprio pecado, ainda que em sua caminhada diária, ele estivesse crescendo em santidade. Assim, quanto mais você conhece a Deus e seu próprio coração através de Sua Palavra, mais você vai perceber o quão propenso ao pecado você realmente é.

Em uma ocasião, o grande reformador, Martinho Lutero, estava muito deprimido. Não desejava levantar-se a despeito dos apelos da família e amigos. Finalmente, sua esposa, Katie, colocou um vestido preto, parecendo uma viúva de luto. Quando Lutero percebeu, ele perguntou-lhe quem tinha morrido. Ela respondeu que Deus no céu deve ter morrido, a julgar pelo comportamento de Lutero. Sua depressão foi embora de imediato, ele sorriu e beijou a sua sábia esposa.

Você pode estar deprimido hoje - talvez devido ao seu pecado, experimentou ou talvez devido a algumas outras circunstâncias difíceis, como Lutero. Apenas lembre-se, não importa o quão quebrado você esteja, o caminho de volta ao nosso soberano Senhor, suficiente e gracioso está sempre aberto. Ele convida você a voltar para Ele.

sábado, 25 de agosto de 2012

João Calvino e o Seu Desejo pela Glória de Deus em Cristo

calvino

Em 1538, o cardeal italiano Sadoleto escreveu aos líderes de Genebra tentando persuadi-los a voltarem para a Igreja Católica Romana, depois que eles abraçaram os ensinamentos da reformada. Ele começou a carta com uma longa seção conciliatória sobre a preciosidade da vida eterna, antes de tratar das acusações contra a Reforma. Calvino escreveu a resposta ao Sadoleto em seis dias, no outono de 1539. Essa carta foi um dos seus primeiros escritos e espalhou seu nome como reformador por toda a Europa. Lutero leu a carta e disse: “Aqui está um escrito que tem mãos  e pés. Alegro-me que Deus levante tais homens”.[1]

O zelo incessante de Calvino em ilustrar a glória de Deus

A resposta de Calvino à Sadoleto é importante porque revela a raiz da discussão de Calvino com Roma, que determinaria sua vida inteira. A questão não foi, em primeiro lugar, sobre os pontos bem conhecidos da Reforma: a justificação, os abusos sacerdotais, transubstanciação, orações a santos e autoridade papal. Todos foram discutidos. Mas secundariamente, a questão fundamental para João Calvino, desde o início de sua vida até o fim, foi a questão da centralidade e supremacia e majestade da glória de Deus.[2]

Aqui está o que Calvino disse ao cardeal: "[Teu] zelo por uma vida santa [é] um zelo que mantém um homem inteiramente devoto a si mesmo e não o desperta, em nenhum momento, a santificar o nome de Deus". Em outras palavras, mesmo a verdade preciosa a respeito da vida eterna pode ser bastante distorcida e deslocar Deus do centro e do alvo. Esta era a principal contenda de Calvino com Roma. Isso sempre aparece em seus escritos. Ele continua e diz a Sadoleto o que ele deveria fazer — e o que Calvino almeja fazer toda sua vida — "colocar à frente [do homem], como motivo primordial de sua existência, zelo para demonstrar a glória de Deus".

O significado essencial da vida de João Calvino e sua pregação é que ele recuperou e personificou uma paixão pela realidade absoluta da majestade de Deus. Benjamin Warfield disse sobre Calvino, “Nenhum homem jamais teve um sentido mais profundo de Deus do que ele”.[3]

Geerhardus Vos, estudioso do Novo Testamento de Princeton, fez esta pergunta em 1981: “Porque é que a teologia reformada foi capaz de compreender a plenitude da Escritura ao contrário de qualquer outro ramo do cristianismo? Ele respondeu: Porque a teologia reformada pegou das Escrituras a sua ideia central e raiz mais profunda... Esta ideia ou raiz que serviu de chave para abrir os tesouros das Escrituras foi a preeminência da glória de Deus na consideração de tudo o que foi criado.”[4] Foi essa orientação implacável pela glória de Deus que deu coerência à vida de João Calvino e à tradição reformada. Vos disse que o “slogan abrangente da fé reformada foi este: a obra da graça no pecador é um espelho da glória de Deus”. Espelhar a glória de Deus foi o sentido da vida de João Calvino e seu ministério.[5]

Quando Calvino estava concluindo à questão da justificação em sua resposta à Sadoleto, ele disse, “você... aborda sobre a justificação pela fé, como o assunto mais agudo da controvérsia entre nós... Onde quer que esse conhecimento seja retirado, a glória de Cristo é extinta”. Então, aqui, novamente, podemos ver o que é fundamental. A justificação pela fé é crucial. Mas há uma razão mais profunda por isso que é crucial. A glória de Cristo está em jogo. Onde quer que o conhecimento da justificação seja tirado, a glória de Cristo é extinta. Este é sempre o mais profundo problema para Calvino. Como a verdade e o comportamento “ilustram a glória de Deus”?

Movido pelo desejo de mostrar a glória de Deus

Para Calvino, a necessidade da Reforma foi basicamente esta: Roma tinha “destruído a glória de Cristo em muitas maneiras, apelando a santos para interceder, quando Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem; adorando a Virgem Santíssima, quando Cristo deve ser adorado; oferecendo um contínuo sacrifício da missa, quando o sacrifício de Cristo na Cruz é completo e suficiente,[6] elevando a tradição ao nível das Escrituras e até mesmo fazendo a palavra de Cristo dependente da autoridade na palavra do homem.[7] Calvino pergunta, em seu comentário sobre a carta aos Colossenses, “Como é que somos levados por muitas doutrinas estranhas (Hb 13.9)?” Ele responde: “Porque a excelência de Cristo não é percebida por nós”. Em outras palavras, o grande guardião da ortodoxia bíblica ao longo dos séculos é uma paixão pela glória e a excelência de Deus em Cristo. Onde o centro se desloca de Deus, tudo começa a mudar em todos os lugares, fato que não prediz nada de bom à fidelidade doutrinária em nossos dias não centrada em Deus.

Portanto, a raiz unificadora de todos os trabalhos de Calvino foi a sua paixão para mostrar a glória de Deus em Cristo. Quando ele tinha 30 anos de idade, ele descreveu uma cena imaginária de si mesmo, no final de sua vida, prestando contas a Deus. Ele disse: “A coisa [ó Deus] em que eu principalmente busco, e para o qual eu trabalhei mais diligentemente, foi que a glória de tua bondade e justiça... resplandecesse, que a virtude e as bênçãos de Cristo... pudessem ser totalmente exibidas”.[8]

“Vinte e quatro anos depois, inalterado em suas paixões e metas, e um mês antes de realmente prestar contas a Cristo no céu (ele morreu com 54 anos), as últimas palavras de Calvino foram, “Eu não escrevi nada por ódio a qualquer pessoa, mas eu fielmente sempre propus e estimei viver para a glória de Deus”.[9]

 

John Calvin and His Passion for the Majesty of God
Copyright © 2009 by Desiring God Foundation

Tradução: Rev. Jocarli A. G. Junior


[1] Henry F. Henderson, Calvin in His Letters (London: J. M. Dent, 1909), 68.

[2] John Dillenberger, John Calvin, Selections from His Writings (Atlanta: Scholars Press, 1975), 89; emphasis added.

[3] Benjamin Warfield, Calvin and Augustine (Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1971), 24.

[4] Geerhardus Vos, “The Doctrine of the Covenant in Reformed Theology,” in Redemptive History and Biblical Interpretation: The Shorter Writings of Geerhardus Vos (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed, 1980), 241–42; emphasis added.

[5] Phillipsburg, NJ: Presbyterian; Ibid., 248.

[6] T. H. L. Parker, Portrait of Calvin (Philadelphia: Westminster Press, 1954), 109.

[7] João Calvino, Institutas da Religião Cristã, vl. 1, cap., 7, 1. “Entre a maioria, entretanto, tem prevalecido o erro perniciosíssimo de que o valor que assiste à Escritura é apenas até onde os alvitres da Igreja concedem. Como se de fato a eterna e inviolável verdade de Deus se apoiasse no arbítrio dos homens!” João Calvino, Institutas da Religião Cristã, ed. John McNeill e Thomas Ford Lewis Battles, The Library of Christian Classics, vol. 21 (Philadelphia: Westminster Press, 1960).

[8] John Dillenberger, John Calvin, Selections from His Writings (Atlanta: Scholars Press, 1975), 110.

[9] Ibid., 42.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Deus nos escolheu

predestination 1por Rev. Jocarli A. G. Junior

Em 1998, uma revista americana trouxe em sua edição uma lista dos 40 americanos mais ricos da história. Havia 39 homens e uma mulher na lista. A americana mais rica na história dos Estados Unidos foi Hetty Green cuja fortuna quando morreu em 1916 foi calculada em $100 milhões de dólares.

Entretanto, Hetty Green ficou famosa não pela riqueza que possuía, mas pela forma mesquinha e avarenta como vivia. Ela comia mingau de aveia frio para não gastar gás de cozinha. Seu filho teve que amputar a perna, por que ela demorou tanto tempo para encontrar atendimento “gratuito” que o caso tornou-se incurável. Hetty Green era uma mulher rica e, no entanto, escolheu viver como mendiga.

Foi pensando em cristãos que vivem desta forma que o apóstolo Paulo escreveu a Epístola aos Efésios. Paulo diz no terceiro versículo de Efésios 1, que Deus “... tem nos abençoado com toda sorte de bênção  espiritual nas regiões celestiais  em Cristo”. Mas, como podemos ter essas bênçãos? A resposta está nos versículos de 4 a 6, onde encontramos o resultado da eleição soberana de Deus. Paulo começa dizendo: “assim como nos escolheu nele...” (v. 4). A conjunção “assim” [Kathos, em grego], significa “assim como” ou “porque”, uma espécie de dobradiça entre os versículos 4 e 3, ou uma explicação. Estes versículos revelam parte do plano eterno de Deus na formação da igreja, o Corpo de Cristo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reavivamento na Porta das Águas – Neemias 8

propaganda blog estudospor Rev. Jocarli A. G. Junior
Ao longo dos séculos, o povo de Deus enfrenta períodos onde a Sua Palavra tem sido negligenciada e como resultado, a vida espiritual se deteriora. No entanto, em Sua graça, Deus envia tempos de refrigério. Inevitavelmente, uma das marcas principais de tal renovação é uma ênfase na Palavra de Deus.
Vemos isso no Antigo Testamento, quando Judá definhou-se diante dos reinados dos ímpios Manassés, e seu filho, Amom. Porém, o filho de Amom, o rei Josias, começou a buscar o Senhor quando ele tinha 16 anos e instituiu reformas espirituais. Então o sacerdote Hilquias encontrou uma cópia da lei de Deus, Tendo o rei ouvido a s palavras da lei, rasgou as suas vestes e chamou a nação ao arrependimento (2Cr 34.14). O reavivamento prosseguiu, pois a Palavra de Deus foi obedecida.
O mesmo aconteceu durante a Reforma Protestante, que teve como objetivo precípuo uma volta às Sagradas Escrituras, a fim de reformar a Igreja que havia caído ao longo dos séculos, numa decadência teológica, mora e espiritual.[1] O “reavivamento” da pregação da Palavra foi um dos marcos fundamentais da Reforma. Além disso, os Reformadores criam que se as Escrituras estivessem numa língua acessível, todos poderiam ouvir a voz de Deus. John Wycliffe e William Tyndale trabalharam para obter a Bíblia traduzida em inglês. Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o alemão. João Calvino começou a pregar sermões expositivos, explicar e aplicar a Palavra ao povo de Genebra.
A Reforma foi construída sobre o fundamento da centralidade da Bíblia. O princípio da Sola Scriptura (“Somente as Escrituras”) ensinava que somente a Escritura Sagrada tem a palavra final em matéria de fé e prática.[2]
A Palavra de Deus é viva e eficaz. É o leite que pode nutrir a vida nova e fortalecer a alma. É um martelo e um fogo para se livrar do pecado e bálsamo para curar as feridas. É uma espada para derrotar o diabo e mel para o coração.[3]
Não é de surpreender que, quando Neemias deixa a sua colher de pedreiro, ele pega a sua Bíblia. Neemias 8 nos apresenta três marcas de uma renovação espiritual relacionada com a Palavra de Deus:

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Confiança em Deus, nas Provações

hands-big-and-little (1)”Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu santo monte me responde” (Salmo 3)

Todos nós enfrentamos provações e situações que nos levam a acreditar que a esperança não existe. Muitas vezes achamos até que Deus não existe. Logo, a grande questão é: o que você faz quando a vida desaba sobre a sua cabeça? O que você faz quando a vida desmorona? Davi quando se sentiu assim, escreveu um Salmo!

1 SENHOR, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim. 2 São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus sal vação para ele.

Davi começa o Salmo clamando ao Senhor. A palavra SENHOR está em letras maiúsculas, significa Javé, o Deus da aliança, o nome de Deus ao se revelar a Moisés na sarça ardente.  Quando Davi clama a Deus como o “Senhor”, essa expressão tem a mesma conotação do Novo Testamento, quando os cristãos se dirigiam a Deus como “Abba, Pai” (Willem VanGemeren, Expositor’s Bible Commentary, ed. por Frank Gaebelein [Zondervan], 5:74). O clamor de Davi é um grito íntimo e pessoal ao Altíssimo por ajuda.

“... como tem crescido o número dos meus adversários!” – Davi clama a Deus porque os seus adversários estavam aumentando. Na realidade, ele sempre teve muitos amigos, mas também, fileiras de inimigos que cresciam diariamente. Como uma pequena e insignificante rachadura em uma represa que vai minando água e de repente explode causando grande devastação, do mesmo modo, os inimigos de Davi desejavam varrê-lo da face da terra.

“São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele” – Em segundo lugar, o versículo 2 apresenta as palavras dos inimigos, que estavam impugnando o relacionamento de Davi com Deus.  Provavelmente, eles estavam trazendo à tona os pecados de Davi, quem sabe, o pecado do adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias. Aos olhos dos inimigos, o rei Davi havia sido abandonado por Deus, assim eles pensavam que era seguro atacá-lo (Craigie, Peter C.: Word Biblical Commentary: Psalms 1-50. Dallas : Word, Incorporated, 2002 (Word Biblical Commentary 19), S. 73). É por isso que eles declaram “não há em Deus salvação para ele”.

Na verdade, essa era uma prática de guerra no Oriente Médio, o papel dos deuses era considerado altamente significativo, e era comum entre os exércitos atacarem os inimigos criticando ou zombando de suas divindades.

O grande pregador britânico, Charles Haddon Spurgeon acertadamente escreveu: “A mais amarga de todas as aflições é ser conduzido ao medo de que não há ajuda em Deus para nós” (C. H. Spurgeon, The Treasury of David, vol. 1a,Psalms 1–26 (Grand Rapids: Zondervan, 1968), 23).

Porém, o que os nossos inimigos esquecem é que não há uma ocasião se quer em que os olhos de Deus não estejam postos sobre a nossa vida. Quando o rei Nabucodosor desafiou Sadraque, Mesaque e Abednego, ele disse: “E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Dn 3.15). O que Nabucodonosor não sabia é que a fornalha ardente demonstraria onde estava o verdadeiro poder.

É importante observar que Sadraque, Mesaque e Abednego reconhecem que Deus pode livrar, mas não dizem que Ele o fará: “Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder... Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (Dn 3.16-18).

Ou seja, devemos ser fiéis a Deus, não apenas pelo que Deus faz, mas por quem Deus é. Aqueles homens não serviam a Deus por causa dos benefícios. Eles serviam a Deus por causa do caráter de Deus. Lamentavelmente, muitos cristãos desejam apenas as bênçãos, mas não a Deus.

Nossa função é ser fiel, e não se preocupar com os resultados. É assim que a fé deve funcionar em nossa vida (Hc 3.17-19). A fé que não é autêntica, não resiste nos tempos de perseguição e provação, mas a fé verdadeira desenvolve raízes mais profundas, cresce e glorifica a Deus.

Às vezes somos chamados para lutar contra aqueles que nos perseguem. No entanto, há momentos em que mesmo quando somos perseguidos, só precisamos parar e aquietar o nosso coração e assim, desfrutar da paz de Deus.

No dia em que John Wesley morreu, sua voz era fraca e difícil de ser compreendida. Ele falava com muita dificuldade. Mas, como no passado, com todo o restante de sua força, ele gritou: “O melhor de tudo é que Deus está conosco”. Então, levantando a mão e agitando-o em triunfo, ele exclamou novamente de forma emocionante: “o melhor de tudo é que Deus está conosco”.

As tempestades e as perseguições se levantarão contra nós, mas o melhor de tudo é saber que o SENHOR é o nosso escudo, glória e o que exalta a nossa cabeça (Sl 3.3).

Está o Senhor Todo-Poderoso com você? É o Deus de Jacó, o seu refúgio, como foi para John Wesley e Davi?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Teologia Reformada

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A Teologia Reformada recebe seu nome da Reforma Protestante do século XVI, com suas ênfases teológicas distintas, mas é teologia solidamente baseada na própria Bíblia. Os crentes na tradição reformada têm alta consideração as contribuições específicas como as de Martinho Lutero, Jonh Knox e, particularmente, de João Calvino, mas eles também encontram suas fortes distinções nos gigantes da fé que os antecederam, tais como Anselmo e Agostinho e principalmente nas cardas de Paulo e nos ensinamentos de Jesus Cristo.

Os Cristãos Reformados sustentam as doutrinas características de todos os cristãos, incluindo a Trindade, a verdadeira divindade e humanidade de Jesus Cristo, a necessidade do sacrifício de Jesus pelo pecado, a Igreja como instituição divinamente estabelecida, a inspiração da Bíblia, a exigência para que os cristãos tenham uma vida reta, e a ressurreição do corpo. Eles sustentam outras doutrinas em comum com cristãos evangélicos, tais como justificação somente pela fé, a necessidade do novo nascimento, o retorno pessoal e visível de Jesus Cristo e a Grande Comissão.

O que, então, distinto a respeito da Teologia Reformada?

1. A Doutrina das Escrituras

O compromisso da reforma para com a Escritura enfatiza a inspiração, autoridade e suficiência da Bíblia. Uma vez que a Bíblia é a Palavra de Deus e, portanto, tem a autoridade do próprio Deus, os reformadores afirmam que essa autoridade é superior àquela de todos os governos e de todas as hierarquias da Igreja. Essa convicção deu aos crentes reformados a coragem para enfrentar a tirania e fez da teologia reformada uma força revolucionária na sociedade. A suficiência das Escrituras significa que ela não necessita ser suplementada por uma revelação nova ou especial. A Bíblia é o guia completamente suficiente para aquilo que nós devemos crer e para como nós devemos viver como cristãos.

Os Reformadores, em particular, João Calvino, enfatizaram o modo como a Palavra escrita, objetiva e o ministério interior, sobrenatural do Espírito Santo trabalham juntos, e o Espírito Santo iluminando a Palavra para o povo de Deus. A Palavra sem a iluminação do Espírito Santo mantém-se como um livro fechado. A suposta condução do Espírito sem a Palavra leva a erros excessos. Os Reformadores também insistiam sobre o direito de os crentes estudarem as Escrituras por si mesmos. Ainda que não negando o valor de mestres capacitados, eles compreenderam que a clareza das Escrituras em assuntos essenciais para a salvação torna a Bíblia propriedade de todo crente. Com esse direito de acesso, sempre vem a responsabilidade sobre a interpretação cuidadosa e precisa.

2. A Soberania de Deus

Para a maioria dos reformadores, o principal e o mais distinto artigo do credo é a soberania de Deus. Soberania significa governo, e a soberania de Deus significa que Deus governa sua criação com absoluto poder e autoridade. Ele determina o que vai acontecer, e acontece. Deus não fica alarmado, frustrado ou derrotado pelas circunstâncias, pelo pecado ou pela rebeldia de suas criaturas.

3. As Doutrinas da Graça

A Teologia Reformada enfatiza as doutrinas da graça.

Depravação Total: Isso não quer dizer que todas as pessoas são tão más quanto elas poderiam ser. Significa, antes, que todos os seres humanos são afetados pelo pecado em todo campo do pensamento e da conduta, de forma que nada do que vem de alguém, separado da graça regeneradora de Deus, pode agradá-lo. À medida que nosso relacionamento com Deus é afetado, nós somos tão destruídos pelo pecado, que ninguém consegue entender adequadamente Deus ou os caminhos de Deus. Tampouco somos nós que buscamos Deus, e, sim, é ele quem primeiramente age dentro de nós para levar-nos a agir assim.

Eleição Incondicional: Uma ênfase na eleição incomoda muitas pessoas, mas o problema que as preocupa não é realmente a eleição; diz respeito à depravação. Se os pecadores são tão desamparados em sua depravação, como a Bíblia diz que são, incapazes de conhecer a Deus e relutantes em buscá-lO, então, o único meio pelo qual eles podem ser salvos é quando Deus toma a iniciativa de mudá-los e salvá-los. É isso que significa eleição. É Deus escolhendo salvar aqueles que, sem sua soberana escolha e subseqüente ação, certamente pereceriam.

Expiação Limitada: O nome é, potencialmente, enganoso, pois ele parece sugerir que os reformadores desejam de alguma forma limitar o valor da morte de Cristo. Não é o caso. O valor da morte de Cristo é infinito. A questão é saber qual é o propósito da morte de Cristo e o que ele realizou com ela. Cristo pretendia fazer da salvação algo não mais que possível? Ou ele realmente salvou aqueles por quem morreu? A Teologia Reformada acentua que Jesus realmente fez a propiciação pelos pecados daqueles a quem o Pai escolhera. Ele realmente aplacou a ira de Deus para com seu povo, assumindo a culpa sobre si mesmo, redimindo-os verdadeiramente e reconciliando verdadeiramente aquelas pessoas específicas com Deus. Um nome melhor para expiação “limitada” seria redenção “particular” ou “específica”.

Graça Irresistível: Abandonados em nós mesmos, nós resistimos à graça de Deus. Mas, quando Deus age em nosso coração, regenerando-nos e criando uma vontade renovada, então, o que antes era indesejável torna-se altamente desejável, e voltamo-nos para Jesus da mesma forma como antes fugíamos dele. Pecadores arruinados resistem à graça de Deus, mas a sua graça regeneradora é efetiva. Ela supera o pecado e realiza os desígnios de Deus.

Perseverança dos Santos: Um nome melhor seria “perseverança de Deus para com os santos”, mas ambas as idéias estão realmente juntas. Deus persevera conosco, protegendo-nos de deixar a fé, que certamente aconteceria se ele não estivesse conosco. Mas, porque ele persevera, nós também perseveramos. Na realidade, perseverança é a prova definitiva de eleição.

4. Mandato Cultural

A Teologia Reformada também enfatiza o mandato cultural ou a obrigação de os cristãos viverem ativamente em sociedade e de trabalharem para a transformação do mundo e suas culturas. Os reformadores tiveram várias perspectivas nessa área, dependendo da extensão como acreditam que a transformação seja possível. Mas, no geral, concordam com duas coisas. Primeira, nós somos chamados para estar no mundo e não para nos afastarmos dele. Isso separa os reformadores crentes do monasticismo. Segunda, nós devemos alimentar os famintos, vestir os despidos e visitar os prisioneiros. Mas as principais necessidades das pessoas são espirituais, e a obra social não é substituto adequado para a evangelização. Na verdade, o empenho em ajudar as pessoas só será verdadeiramente eficiente se seu coração e mente forem transformados pelo Evangelho. Isso separa os crentes reformados do simples humanitarismo.

Tem-se alegado que, para a Teologia Reformada, qualquer pessoa que crê e faça parte da linha reformada perderá toda a motivação para a evangelização. “Se Deus vai agir, por que devo me preocupar?” Mas não é assim que funciona. É porque Deus executa a obra que nós podemos Ter coragem de nos unirmos a ele, da forma como ele nos ordena a agir. Nós agimos assim alegremente, sabendo que nossos esforços jamais serão em vão.

James Montgomery Boice

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Convite - Conferência Evangelística


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Sempre - 1 Tessalonicenses 4:13-18


Amo as palavras sempre e nunca. São carregadas de esperança! Gostaria de pensar que poderia estar sempre feliz e que a vida nunca me decepcionaria. Mas a realidade diz que eu nem sempre serei feliz e aquilo que espero que nunca aconteça um dia poderá tornar-se realidade. Portanto, por melhores que soem essas palavras, elas lutam para corresponder ao seu potencial — a não ser que você esteja pensando na promessa da presença de Jesus.
Jesus disse a um grupo de discípulos atribulados que temiam enfrentar a vida sozinhos, “…estou convosco todos os dias…” (Mateus 28:20). O escritor do livro de Hebreus nos lembra do que Jesus disse, “…De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei…” (Hebreus 13:5-6). E o apóstolo Paulo garante aos cristãos que após a morte “…estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:17). Que encorajador!
Não importa o quanto sua jornada possa ser assustadora hoje ou o quanto nosso futuro possa parecer desesperançoso, a segurança de Sua presença infalível pode nos suprir coragem e consolo para que cheguemos ao fim. E o melhor de tudo, quando esta vida tão curta acabar, estaremos para sempre com Ele. Não é surpresa que Paulo nos encoraja: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18).
O nosso consolo é a confiança que temos na presença de Deus.