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Culto, todos os domingos, às 19horas.

Mensagens de esperança e encorajamento.

Uma palavra de esperança para os momentos mais difíceis da vida.

Nenhum relacionamento sobrevive sem investimento.

Dia 15/06, sábado, às 19h, no cerimonial Castelinho - Bairro República. Investimento: R$ 90,00 (casal) - Informações: 9619-7838.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Caminho difícil - 2 Coríntios 12:1-10

Os diamantes são pedras preciosas belas e valiosas, mas o seu início é carvão comum — preto, sujo e combustível. Através de anos de intenso calor e pressão alta, eles se tornam puros e fortes. Isto os torna uma boa metáfora para a força espiritual, Deus usa forças externas intensas para nos livrar das impurezas e para aperfeiçoar a Sua força em nós.
A força de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza, diz o apóstolo Paulo (2 Coríntios 12:9). Gostaria que isto não fosse verdade, porque odeio ser fraca. Os tratamentos de quimioterapia e radiação me ensinaram mais do que eu sempre quis saber sobre a fraqueza física. Em seguida, um acontecimento menor me fez mergulhar num estado de fraqueza emocional que me pegou desprevenida. Depois de perder quase 90 cm de cabelo e ficar sem eles por quase um ano, um corte
de cabelo malfeito não devia ter sido grande coisa. Mas foi, e eu me senti boba por ser tão fraca. Alguns de nós somos capazes de criar uma ilusão de força e autossuficiência. Mas a perda repentina de saúde, emprego ou um relacionamento valioso é um lembrete surpreendente de nossa total dependência de Deus.
Quando experimentamos a fornalha ardente do sofrimento, seja este físico ou emocional, perseguição externa ou humilhação interior — o propósito amoroso de Deus é nos tornar puros e fortes.

O sofrimento é o fogo que Deus usa para nos purificar e fortalecer. 


sábado, 15 de junho de 2013

A Deus demos glória - 1 Crônicas 25:1-8

Jason ficou contente quando lhe pediram para cantar na igreja que estava visitando, mesmo que o convite tenha sido alguns minutos antes do culto começar. Ele escolheu um hino conhecido, A Deus Demos Glória (CC 15), pois era uma canção significativa para ele. Ele ensaiou algumas vezes no porão da igreja e cantou-a no culto sem acompanhamento.
Semanas depois, Jason soube que algumas pessoas da igreja não gostaram de sua apresentação, achando que ele estava se exibindo. Por não o conhecerem, presumiram erroneamente que ele estava cantando para impressioná-los e não para honrar o Senhor.
No Antigo Testamento aprendemos que Deus designou pessoas com habilidades para estarem envolvidas na adoração no templo. De trabalhadores para a construção a líderes para a adoração — as pessoas foram escolhidas com base em suas habilidades (1 Crônicas 15:22; 25:1,7).

O Senhor deu a cada um de nós talentos diferentes e dons espirituais para serem usados para Sua glória (Colossenses 3:23-24). Quando servimos com este propósito, e não para nos exaltar, não precisamos nos preocupar com o que os outros pensam. Deus nos deu Seu melhor — Seu Filho Jesus — e nós o honramos ao dar-lhe o nosso melhor.
Fazemos o nosso melhor quando servimos a Deus de coração.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O gigante que venceu Davi II

bigstock-Broken-Wedding-Rings-19863971-300x270 por Rev. Jocarli A. Junior

Quando você pensa na vida de Davi, dois eventos, provavelmente, virão à sua mente. Você recorda a história em que o jovem Davi matou Golias ou se lembra de quando Davi cometeu adultério com Bate-Seba. No primeiro evento, Davi revelou sua humildade. No segundo, Davi revelou sua humanidade. Quando Davi conheceu o gigante chamado Golias, temos o privilégio de contemplar sua maior vitória. Quando Davi conheceu Bate-Seba, somos obrigados a assistir a sua maior derrota.

Davi se levantou durante a tarde e ao passear pelo palácio contemplou uma casa vizinha onde uma mulher estava tomando banho. A Bíblia diz que ela era “muito formosa” (11.2). Davi a cobiçou e mandou perguntar quem era (v. 3).

A cobiça concebeu – “Davi mandou perguntar quem era...” (11.3).

A resposta do servo foi: “É Bate-Seba filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu” (v. 3). Talvez o servo de Davi estivesse oferecendo um aviso sutil: “Davi, ela é casada, e não apenas isso, ela é casada com Urias”. No capítulo 23 de 2Samuel, a Bíblia diz que Urias era um dos homens poderosos de Davi (2Sm 23.39), um de seus mais leais e dedicados soldados. Isso deveria ter resolvido à questão. Todavia, não aconteceu porque o pecado já estava consumado.

A cobiça dá à luz o pecado – “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” (11.4).

Davi havia pecado em seu coração. Algumas pessoas dizem: “Bem, tendo em vista que cometi adultério em meu coração, então eu posso praticá-lo”. Não é assim! Quando os desejos impuros por outra pessoa estão apenas em seu coração, pelo menos, só você está envolvido. Porém, ao se envolver fisicamente com outra pessoa você se aprofunda ainda mais no pecado. Há graus de pecado!

Um aspecto interessante no texto é a expressão: “Tendo-se ela purificado da sua imundícia” (v. 4), indica que Bate-Seba estava em seu período fértil (veja Lv 15.24). Isto prova que Davi era o pai da criança, pois, ela não estava grávida ao se deitar com Davi. O historiador inspirado não deixa ambiguidade sobre a interpretação do texto![1]

Para Davi, o seu mundo veio abaixo cerca de um mês depois, quando um mensageiro entregou-lhe uma carta selada (v. 5). Ele abriu e leu: “Estou grávida. Atenciosamente, Bate-Seba”.

Moisés escreveu: “Sabei que o vosso pecado vos há de achar” (Nm 32.23). O pecado sexual nunca é um assunto privado entre dois adultos. Pessoas inocentes se machucam. Como veremos, a família de Davi sofreu terríveis consequências por causa de sua noite de paixão com Bate-Seba. No Salmo 32, Davi declarou que a mão do Senhor pesava dia e noite sobre sua vida. A espada jamais se apartou de sua casa (2Sm 12.10).

“Seja fiel à sua mulher e dê o seu amor somente a ela” (Provérbios 5.15).

[1] Keddie, G. J. (1990). Triumph of the King: The Message of 2 Samuel. Welwyn Commentary Series (95). Darlington, England: Evangelical Press.

[2] Anderson, A. A. (1998). Vol. 11: 2 Samuel. Word Biblical Commentary (156). Dallas: Word, Incorporated.

sábado, 8 de junho de 2013

John Piper - Faça guerra!


Se você puder ganhar a guerra contra o pecado em seus pensamentos, você vai ganhar em seu comportamento. Todo pecado começa na mente e deve ser derrotado lá. Devemos aprender a levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo (2Co 10.5). O pecado sempre começa com pequenas concessões.

Corra na direção certa

let_us_run_with_perseveranc Anos atrás, o britânico agnóstico Thomas Huxley teve que deixar o hotel bem cedo para um compromisso na estação ferroviária, então, solicitou um taxi ao hotel, e imaginou que o funcionário havia falado com o taxista. Então, quando ele entrou no carro, simplesmente disse ao motorista, “Dirija rápido”.

Lá foram eles. Depois de um tempo, Huxley, que conhecia a cidade, percebeu que eles estavam no caminho errado. Ele gritou para o motorista, “Você sabe para onde você está indo?” Sem olhar para trás, o motorista respondeu: “Não, senhor, mas eu estou dirigindo muito rápido”.

Obviamente, não é algo bom andar rápido se você estiver na direção errada! No entanto, muitas pessoas, até mesmo os cristãos, agem assim. Alguns vivem tão coupados correndo de um lado para o outro que não percebem que estão na direção errada. Se você deseja investir sua vida de maneira sábia, você precisa andar nos propósitos estabelecidos por Deus em Sua Palavra.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O gigante que venceu Davi – 2Samuel 11

wedding-rings-pic7 por Rev. Jocarli A. G. Junior

A primavera chegou, e Davi deveria ter saído com suas tropas para a batalha. Mas ele pensou: “Joabe pode lidar com isso, eu mereço um descanso” (2Sm 11.1). O sucesso muitas vezes nos leva a pensar que depois de tanto trabalho, temos o direito de descansar. Isso é um grande perigo.

Permanecer em casa numa situação como essa não era o costume de Davi (5.2; 8.1-14; 10.17; 18.3; 21.17). Enquanto o exército lutava com sucesso em solo estrangeiro, Davi perdia a batalha da tentação em sua casa.[1] Ao ficar no palácio, Davi, em todos os sentidos, abandonou a “armadura de Deus” (Ef 6.11). O que ele não sabia é que estava prestes a pagar um preço amargo pelo seu descuido![2]

Tiago declara: “... cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.14-15).

Esta é a progressão exata da queda de Davi. O texto sugere três elementos que contribuíram para sua decadência.[3]

Seduzido pela sua própria cobiça – “Davi viu...” (2Samuel 11.2).

Davi se levantou durante a tarde e ao passear pelo palácio contemplou uma casa vizinha onde uma mulher estava tomando banho. A Bíblia diz que ela era “muito formosa” (11.2). Davi a cobiçou e mandou perguntar quem era (v. 3).

Os homens são despertados, principalmente, pelo que veem.

Existem algumas diferenças fisiológicas fundamentais entre homens e mulheres quando se trata da atração sexual. Os homens gostam de olhar e as mulheres de serem olhadas. Assim, há duas lições muito práticas sobre estes fatos:

Primeiro, irmãs, pensem seriamente na santidade das vestes. Vocês devem se vestir modestamente. Se você usar roupas sedutoras, será extremamente difícil para seus irmãos em Cristo manter uma vida pura. Você pode pensar, “Bem, eles não deveriam ter mentes tão sujas”. Mas se você pensa assim, você está sendo ingênua para um fato básico da maneira como Deus criou o homem e a mulher. Não importa quão espiritual seja um homem, ele tem hormônios. Bate-Seba foi parcialmente culpada ao tomar banho em um lugar onde Davi podia vê-la.

Segundo, irmãos, pensem seriamente na santidade dos olhos. Jó disse: “Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (Jo 31.1). O adultério começa pelo olhar. Se você quer obedecer a Deus e vencer a guerra contra a luxúria, você deve fazer um compromisso sério com os seus olhos. Isso significa que certas revistas, programas de TV e filmes estão fora dos limites.

Davi viu Bate-Seba e tirou os olhos de Deus. Quando contemplou Bate-Seba, ele não viu o pecado, viu apenas a sua beleza. Porém, o que ela não sabia é que o pecado promete uma noite de aventura, mas paga com grande amargura.

“Seja fiel à sua mulher e dê o seu amor somente a ela” (Pv 5.15, NTLH)


[1] Smith, J. E. (1995). The Books of History. Old Testament Survey Series (2Sm 11.2–12.25). Joplin, MO: College Press.

[2] Keddie, G. J. (1990). Triumph of the King: The Message of 2 Samuel. Welwyn Commentary Series (92–93). Darlington, England: Evangelical Press.

[3] Keddie, G. J. (1990). Triumph of the King: The Message of 2 Samuel. Welwyn Commentary Series (92). Darlington, England: Evangelical Press.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Palavras sábias - Eclesiastes 12:6-14

Agora em meus 60 anos, relembro dos sábios líderes espirituais que me impactaram positivamente. No seminário, Deus usou meu professor de Antigo Testamento para dar vida à Palavra. Meu professor de grego era implacável em aplicar critérios elevados para encorajar meu estudo do Novo Testamento. Em meu primeiro ministério pastoral, o pastor sênior me ajudou a criar ministérios necessários para ajudar outros a crescerem em sua vida espiritual. Cada um destes professores me encorajou de maneiras diferentes.
O rei Salomão observou sabiamente algumas maneiras que os líderes espirituais podem nos ajudar a crescer: “As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor” (Eclesiastes 12:11). Alguns professores nos estimulam, outros edificam sólidas estruturas espirituais em nossas vidas. E outros ainda, como pastores cuidadosos, estão próximos com um ouvido atento quando sofremos.
O Bom Pastor concedeu uma variedade de dons aos líderes: exortação, crescimento e pastoreio. Sejamos líderes ou aprendizes, Ele deseja que mantenhamos corações humildes e o amor pelos outros. Que privilégio sermos guiados e usados por nosso Pastor para encorajar outros em sua caminhada com Ele.
Fonte: Nosso Andar Diário

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cadarços amarrados - Josué 7:1-12


Os atos de uma pessoa podem afetar um grupo inteiro. Esta verdade ficou clara ao jornalista Sebastian Junger ao acompanhar um pelotão de soldados. Junger observou um soldado abordar outro soldado cujos cadarços estavam arrastando no chão. Ele não o confrontou por uma questão de estética, mas, porque os cadarços soltos colocavam todo o pelotão em risco — era impossível garantir que ele não tropeçasse e caísse num momento crucial. Junger percebeu que o que acontece a um acontece a todos.
Acã “tinha os cadarços desamarrados” e, de sua história, aprendemos que o pecado nunca é individual. Após a grande vitória em Jericó, Deus deu a Josué instruções específicas sobre como lidar com a cidade e seu despojo (Josué 6:18). O povo deveria “guardar-se das coisas condenadas” e enviar toda a prata e todo o ouro “para o Seu tesouro” (vv.18-19). Mas, eles desobedeceram o Seu mandamento (7:1). O interessante é que nem todo Israel pecou; somente uma pessoa o fez — Acã. Mas, por seus atos, todos foram afetados e Deus foi desonrado.
Como seguidores de Jesus, pertencemos uns aos outros e nossos atos individuais podem impactar todo o corpo e o nome de Deus. “Amarremos nossos cadarços” para podermos, individualmente e em conjunto, dar a Deus a honra que Ele merece.
Os pecados individuais, inevitavelmente, terão impacto público.
Fonte: Ministérios RBC 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O amor verdadeiro

friendship-72apor Rev. Jocarli A. G. Junior

“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pedro 1.22).

Na noite em que Cristo instituiu a Ceia do Senhor, Ele disse aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). Para nossa vergonha e tristeza, nem sempre somos conhecidos por nosso amor pelos irmãos. Precisamos urgentemente de uma unidade espiritual e o amor que é o vínculo da paz (Cl 3.14).
Vivemos em uma cultura que tem tomado algumas palavras bíblicas e utilizado de forma que redefine e deprecia o seu significado verdadeiro. Por exemplo, a palavra “amor” se tornou desvalorizada em nossos dias. Com muita frequência declaramos: “Eu amo pizza”, “Eu amo chocolate” ou “Eu amo Jesus”. Sem perceber, muitas vezes, declaramos o nosso amor ao próximo sem refletir nas implicações.
É como a menina que foi convidada para jantar na casa de sua melhor amiga. A mãe de sua amiga perguntou se ela gostava de brócolis. Ela respondeu educadamente: “Ah, sim, eu amo!” Mas quando o vegetal foi oferecido, ela recusou. A anfitriã disse: “Você não disse que amava brócolis?”. A menina respondeu docemente: “Ah, sim, minha senhora, eu amo, mas não o suficiente para comer!” É fácil dizer que se ama, difícil é praticar o amor bíblico, o amor verdadeiro.
O apóstolo Pedro nos ensina que o amor bíblico possui três características específicas:
Em primeiro lugar, é um amor sincero. A expressão “não fingido” significa “não hipócrita” (cf. Rm 12.9; 2Co 6.6). Ao viver esse tipo de amor, Deus pode usar a unidade amorosa dos crentes para atrair um mundo perdido e despertá-lo para a sua necessidade de salvação (cf. Jo 13.34-35; 1Co 10.31-33).
Em segundo lugar, é um amor puro. O provérbio faz a seguinte pergunta: “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv 20.9). A resposta é: ninguém! Não se pode limpar ou purificar a si mesmo do pecado. Somente Cristo pode fazer isso (1Pe 1.19-20).
Você não pode amar biblicamente ao abrigar o pecado não confessado em seu coração. O amor deve partir de um coração puro. Foi exatamente isso que Paulo ensinou ao jovem Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2.22).
Terceiro, é um amor fervoroso. “... amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (v. 22) – A palavra “ardentemente” significa esticar um músculo ao máximo. A palavra é traduzida por Lucas como “intensamente” (Lc 22.44; At 12.5, At 26.7). Na literatura grega a palavra era utilizada para descrever um cavalo que corria a toda velocidade. Ou seja, o amor é algo que temos que nos esforçar para praticar. Como um atleta olímpico que treina a exaustão para alcançar o máximo de suas habilidades.
Não é uma questão de sentimento, mas de vontade, e isso é algo que devemos trabalhar constantemente se quisermos ter sucesso.
Amar biblicamente requer muito trabalho e esforço. Nem sempre é fácil. Mas é necessário como parte crucial do desenvolvimento de nossa salvação.

sábado, 6 de abril de 2013

missionários presos no segal conseguem a liberdade.

534067_571997752833596_993280086_n (1)A APMT – Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, da Igreja Presbiteriana do Brasil, vem com extrema alegria informar a todos que nossos irmãos Rev. José Dílson Alves da Silva (APMT), e Zeneide Novaes Morais (Missão Servos), receberam a liberdade provisória hoje 05/04/2013, às 16h10m. Já estão fora do presídio. No prazo de até 30 dias, haverá o julgamento do processo.

Tanto o Rev. José Dílson como a Zeneide cumprirão os procedimentos que envolvem a sua liberdade provisória. O juiz responsável pelo caso definirá quais serão os protocolos que ambos deverão observar nessa fase.

Precisamos continuar a orar e buscar a sabedoria do Senhor para que os advogados contratados pelo APMT – IPB tenham a sabedoria no acompanhamento processual e no levantamento de provas para inocentá-los definitivamente.

Expressamos a mais alta estima e gratidão a todos aqueles que têm investido seu tempo para que essa causa chegue a bom termo e glorifique ao Deus que nos chama para servi-lo e adorá-lo.

Em nome de toda a equipe da APMT no Brasil e no Senegal,

Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita

Executivo da APMT – IPB

domingo, 31 de março de 2013

A ressurreição do Filho de Deus

slide-02por Rev. Jocarli A. G. Junior

A ressurreição de Jesus Cristo prova que Ele é realmente o Filho de Deus, tal como Ele havia ensinado (Rm 1.4; Jo 14.8; Jo 17.1). Também prova que Seu sacrifício pelo pecado foi aceito e que a obra da salvação foi completada (Rm 4.24-25). Aqueles que confiam nele podem “andar em novidade de vida”, porque Ele está vivo (Rm 6.4; Gl 2.20.). A ressurreição do nosso Senhor também declara que Ele é o juiz que virá um dia para julgar o mundo (At 17.30-31).
Não é surpresa, então, que Satanás tenha atacado a verdade da ressurreição. Algumas mentiras foram levantadas a fim de comprometer a ressurreição de Cristo, vejamos:
A primeira mentira foi a de que os discípulos roubaram o corpo de Cristo- Porém, é difícil imaginar como eles poderiam ter feito isso (Mt 28.11-15). Para começar, o túmulo estava cuidadosamente protegido (Mt 27.61-66), e teria sido quase impossível para os Apóstolos assustados dominar os soldados romanos, abrir o túmulo, e proteger o corpo. Mas o maior obstáculo é o fato de que os próprios Apóstolos não acreditaram que Jesus havia ressuscitado! Por que, então, eles roubariam Seu corpo e tentariam perpetrar uma fraude?
A segunda mentira é que Jesus realmente não morreu na cruz, mas apenas desmaiou, e quando colocado no túmulo frio, Ele reviveu. Porém, a Bíblia diz que Pilatos cuidadosamente verificou com o centurião se Jesus estava morto (Mc 15.44), e os soldados romanos que quebraram as pernas dos dois ladrões sabiam que Jesus havia morrido (Jo 19.31-34). Além disso, como poderia um “túmulo frio” transformar o corpo de Cristo, de tal forma, que Ele poderia aparecer e desaparecer e passar por portas fechadas (Jo 20.18)?
Sem a ressurreição de Jesus não haveria nem cristianismo nem Igreja, pois ela é o coração da nossa fé (1Co 15.1-8). Os apóstolos foram enviados como testemunhas de Sua ressurreição (At 1.22), e a ênfase no livro de Atos é sobre a ressurreição de Jesus Cristo.
Isso explica por que Lucas em seu livro traz o relatório de algumas das aparições de Jesus depois de ter ressuscitado dos mortos. Ele apareceu pela primeira vez a Maria Madalena (Jo 20.11-18), em seguida, para “outras mulheres” (Mt 28.9-10), e depois para aos dois homens no caminho de Emaús (Lu 24.13-22). Em algum momento, Ele também apareceu a Pedro (Lc 24.34) e para o seu irmão Tiago (1Co 15.7).
Naquela noite, apareceu aos apóstolos (Lc 24.36-43), mas Tomé não estava com eles (Jo 20.19-25). Uma semana mais tarde, Ele apareceu aos Apóstolos novamente, especialmente por causa de Tomé (Jo 20.26-31). Ele apareceu a sete dos Apóstolos quando estavam pescando no Mar da Galiléia (Jo 21). Ele apareceu diversas vezes aos apóstolos antes de Sua ascensão, ensinando-os e preparando-os para o ministério (At 1.1-12).
Uma coisa é ver o sepulcro vazio e a mortalha vazia, mas algo mais surpreendente era encontrar o Cristo ressuscitado. Nós, hoje, não podemos ver as provas no túmulo, mas temos o depoimento das testemunhas na Palavra inspirada de Deus. Assim, podemos viver a nossa fé em Jesus Cristo e saber pessoalmente que Ele está vivo em nós. Como declarou o apóstolo Paulo: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).
Você já experimentou a alegria da ressurreição de Cristo em sua vida?

21 minutos de poder na vida de um líder

21minutosNo espírito de seu best-seller "As 21 irrefutáveis ​​leis da liderança" e "As 21 indispensáveis ​​qualidades de um líder", John Maxwell oferece reflexões sobre qualidades de liderança comprovadas e questões cruciais que afetam o sucesso da liderança. Estes princípios básicos do sucesso podem ser aplicados aos negócios e a vida eclesiástica. Vinte e uma declarações poderosas ajudarão os líderes a maximizar suas qualidades e superar suas fraquezas. Vale a pena ler!

“As Escrituras registram que, quando Samuel ouviu a voz de Deus pela primeira vez, ele estava “no templo do SENHOR, em que estava a arca” (1Sm 3.3). aquele era um ótimo lugar par se estar, pois, naqueles dias, era o local mais próximo possível da presença de Deus, com exeção do Santo dos Santos, lugar aonde o sumo sacerdote ia somente uma vez por ano.

Todo líder precisa estar perto de Deus. isto não quer dizer que você precisa estar em um lugar formal de adoração. Significa simplesmente que você precisa ter uma atitude de adoração, esteja onde estiver. É uma postura de coração” (p. 91). 21-minutos-de-poder-na-vida-de-um-lider-livrarias-ampliar

Autor: John C. Maxwell

Editora: Thomas Nelson Brasil

terça-feira, 26 de março de 2013

Deus não tolera a imoralidade sexual

Child_Molestation_copyMuitos em nossa cultura estão constantemente tentando nos tornar mais tolerantes e, portanto, menos inclinados a reagir veementemente contra a imoralidade sexual. (Extraído e adaptado do livro: “Fascinado pela glória de Deus, o legado de Jonathan Edwards”. [Mark R. Talbot], Editora Cultura Cristã, p. 213).

Uma de suas estratégias principais envolve redefinir suas diversas formas de imoralidade sexual e de perversidade moral, em maneiras que tornem esses atos e práticas menos propensos a despertar aversão emocional. Por exemplo, alguns segmentos da comunidade homossexual estão trabalhando intensamente para eliminar o estigma da molestação sexual de meninos pré e pós-púberes por adultos homossexuais. Em 1998, um artigo apareceu no prestigioso Psychological Bulletin, da American Psycological Association, alegando que as provas científicas não apoiam a crença comum de que tais encontros sexuais invariavelmente fazem mal aos meninos envolvidos. Por conseguinte, concluiu, é inapropriado rotular todos esses encontros como “abuso sexual”. Encontros voluntários “com reação positiva” devem ser apenas identificados como “o sexo entre adultos e crianças”.

Será que permitimos que a cultura que nos rodeia “nos esprema no seu próprio molde” em vez de permitir que Deus nos transforme “pela renovação da [nossa] mente”? (Rm 12.2)? Em Jeremias, Deus condena aqueles que não sabem como corar de vergonha (veja 8.2). Paulo declara que “o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Ef 5.12). Emoções negativas fortes são importantes indicadores de quem somos e a quem pertencemos. Dizer-se cristão e ainda não sentir aversão emocional quando padrões morais cristãos são violados, é, no melhor, exibir uma espécie de esquizofrenia mental entre a nossa mente e o nosso coração.

É parte de nossa tarefa, como povo santo de Deus, manifestar sua santidade por meio de nossas emoções. A perversão moral avança em nossa cultura quando não somos movidos a condenar as formas menos chocantes de imoralidade sexual. Talvez, o melhor para a situação moral do nosso tempo seria se muitos de nós pudéssemos dizer: “Nunca me assentei na roda dos que se alegram, nem me regozijei; oprimido por tua mão, eu me assentei solitário, pois já estou de posse das tuas ameaças” (Jr 15.17).

Alex D. Montoya estava certo quando escreveu: “O que toleramos hoje, nossos filhos praticarão amanhã”.[1] A igreja não pode tolerar a imoralidade sexual de qualquer forma. Para a igreja de Corinto, que tolerava um homem acusado de incesto, Paulo escreveu: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento...” (1Co 5.6-7). Se Deus é absolutamente intolerante com a imoralidade sexual, a igreja também deve ser! Aliás, se a igreja não for pura, o que vai proclamar ao mundo?


[1] Alex D. Montoya, Homosexuality and the Church, p. 169

Você está realmente colocando sua família em primeiro lugar?

Mixed familyQuando um líder coloca a família em primeiro lugar, as gerações futuras serão abençoadas.

“Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Josué 24.15).

(Extraído e adaptado do livro: “21 minutos de poder na vida de um líder”. John C. Maxwell).

Sendo um líder, onde sua influência deveria começar? Uma boa resposta pode ser encontrada na vida de Josué. Para ele – assim como para outros líderes que desejavam causar um impacto para toda a vida – ela começa em casa. Antes de qualquer outra coisa, Josué assumiu a responsabilidade pela vida espiritual de sua família. Veja os valores de Josué no que se refere à liderança:

1. A liderança de Josué sobre sua família era maior que sua liderança sobre o país.

Pode parecer irônico, mas quando um líder coloca sua família em primeiro lugar, a comunidade se beneficia. Quando um líder coloca a comunidade em primeiro lugar, tanto a família quanto a comunidade sofrem. Começar em casa é o segredo para atingir os outros de maneira positiva. Josué ganhou credibilidade para liderar toda a casa de Israel porque tinha suas prioridades no lugar correto e coduzia sua casa de maneira adequada.

2. Independente do que os outros tenham feito, Josué não seguiu a multidão.

Quando Josué se levantou diante do povo de Israel e declarou que, independentemente daquilo que o resto do povo tivesse feito, ele seguiria a Deus, ele não estava blefando ou fazendo propaganda de si mesmo. Creio que ele pensava exatamente daquela maneira. Josué não seguiu a multidão no começo de sua carreira, quando os espias se rebelaram contra Deus, e também não foi com o povo no final de sua tarefa. Ele liderou sua família com integridade e encorajou-a a fazer o que era certo.

Se você tem uma família, quero encorajá-lo a colocá-la em primeiro lugar em sua liderança. Não há melhor legado que a influência positiva de um líder sobre sua família.

Um maravilhoso exemplo deste tipo de influência pode ser achado nos primieros anos da história americana. Jonathan Edwards, o notável pregador do início do século XVIII, e sua esposa, Sara, deixaram um enorme legado baseadao em sua influência.

Em 1900, A. E. Winship fez um estudo contrastando duas famílias: a família de Jonathan Edwards e a família de Max Jukes.

Dos 1400 descendentes de Jonathan Edwards apurou-se o seguinte:

13 reitores de universidades,

65 professores universitários,

03 senadores dos Estados Unidos,

30 juízes,

60 médicos,

100 advogados,

75 oficiais do exército e da marinha,

100 pregadores e missionários,

60 escritores preeminentes,

80 desempenharam cargos públicos, incluindo:

• Três senadores dos EUA

• Prefeitos de três cidades grandes

• Governadores de três estados

• Um vice-presidente dos EUA

• Um ministro da fazenda dos EUA

Max Jukes, conhecido ateu norte-americano, nasceu em Nova York por volta de 1720. Ele se casou com uma moça igualmente ímpia, e de seus 1200 descendentes, constatou-se o seguinte:

130 foram criminosos confessos,

60 ladrões, sete cometeram assassinatos,

440 adoeceram em consequência de vida desregrada,

310 morreram na miséria, e

100 foram alcoólatras.

A metade das mulheres foram prostitutas,

A descendência de Max Jukes tem custado à nação norte-americana dezenas de milhões de dólares, enquanto a de Jonathan Edwards só tem trazido honra e riqueza à pátria.

Se você quer impactar sua comunidade, seu país, ou seu mundo, o lugar para começar é seu lar.

terça-feira, 19 de março de 2013

Pedro foi o primeiro papa?

Sem título-1por Rev. Jocarli A. G. Junior

Ontem, 19/03, durante o Jornal Nacional, a jornalista Isis Scamparini, ao comentar sobre a primeira missa do argentino Jorge Bergoglio em Roma, declarou que Pedro foi o primeiro papa. Será mesmo? O que há de errado com essa declaração? O que a Bíblia diz sobre isso?

Para o Catolicismo Romano o apóstolo Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, e o Papa não é apenas o seu sucessor linear no cargo, mas também o herdeiro em sua plenitude.

Será que Pedro foi realmente o primeiro de uma longa sucessão de papas colocado à frente da igreja universal (verdadeira) pelo próprio Jesus? O que o Senhor Jesus quis dizer ao declarar: “... tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mateus 16.18)?

Precisamos entender que Jesus não deu autoridade especial ao apóstolo Pedro como o único fundamento sobre o qual Ele estabeleceria a igreja. Primeiro, é verdade que Jesus mudou o nome de Simão para Pedro (pedra pequena, João 1.42). Porém, Jesus fez um jogo de palavras com o termo petra, que significa um leito rochoso ou fundação (Mt 7.24-25). Mas quando Jesus se refere à fundação da igreja Ele usa a palavra petra que pode se referir metaforicamente à confissão de Pedro ou o próprio Jesus. Além do mais, o próprio Pedro usa o mesmo termo, petra, para se referir a Cristo como a “Pedra de tropeço e rocha de ofensa” (1Pedro 2.8), que ele considerava como a pedra angular da Igreja (1Pedro 2.4-8). Não obstante, todo aquele que crê em Jesus Cristo e confessa-O como Salvador é uma “pedra viva” (1Pedro 2.5).

Somente Jesus Cristo é a pedra fundamental sobre a qual a igreja foi construída. Os profetas do Antigo Testamento proclamaram sobre isso (Salmo 118.22; Isaías 28.16). Jesus mesmo declarou essa verdade (Mateus 21.42), e assim o fez Pedro e os outros apóstolos (Atos 4.10-12). Paulo também declarou que o fundamento da igreja é Jesus Cristo (1Coríntios 3.11). Assim, este fundamento foi estabelecido pelos apóstolos e profetas quando pregaram Cristo aos perdidos (1Coríntios 2.1-2; 3.11; Efésios 2.20).

E o que Jesus quis dizer ao afirmar: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16.19)? – Embora a autoridade de “ligar e desligar” tenha sido dirigida a Pedro, no singular, foi dada a todos os discípulos: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mateus 18.18; cf. João 20.23).

E o que significa a expressão “chaves do reino”? Usamos chaves para abrir e fechar portas. Pedro recebeu o privilégio de abrir “a porta da fé” aos judeus no dia de Pentecostes (Atos 2), aos samaritanos (Atos 8.14), e aos gentios (Atos 10). Mas os outros Apóstolos compartilharam esta autoridade (Mateus 18.18) e Paulo teve o privilégio de “abrir a porta da fé” aos gentios fora da Palestina (Atos 14.27). Todavia, tudo o que for “ligado” ou “desligado” na terra já está “ligado” ou “desligado” no céu. Ou seja, quando a igreja declara que uma pessoa não arrependida está presa ao pecado, está simplesmente reconhecendo o que Deus diz sobre essa pessoa em Sua Palavra.

Embora tenha sido um grande líder na igreja do primeiro século, Pedro nunca foi apontado como o “primeiro papa” de uma longa estirpe de papas em Roma. Como Deus poderia construir Sua igreja sobre um homem falível como Pedro que depois de confessar a Cristo foi admoestado: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16.23)?

Portanto, a jornalista Isis Scamparini está equivocada. O ensino da Escritura é que a igreja foi edificada sobre a rocha que é Jesus Cristo, não sobre Pedro. Em todo o Novo Testamento não encontramos nenhuma referência ao apóstolo Pedro como um líder especial da igreja primitiva. Aliás, no “Concílio de Jerusalém”, em Atos 15, isso não aconteceu, e o próprio Pedro jamais exigiu essa posição em suas duas epístolas. Na verdade, Pedro alegou ser nada mais do que um apóstolo (1Pedro 1.1), um presbítero (1Pedro 5.1) e um servo de Jesus Cristo (2Pedro 1.1).

uma perspectiva bíblica do papado

O-Cabeça-da-Igreja-Spurgeon-capa (1)Por John MacArthur

Um dos principais catalisadores do início da Reforma Protestante foi um livro de Jan Hus, um cristão da Boêmia que precedeu Martinho Lutero cerca de um século. O livro foi De Ecclesia (A Igreja), e um dos pontos mais profundos de Hus foi proclamado no título de seu quarto capítulo: “Cristo, o único cabeça da Igreja”.

Hus escreveu: “Nem o papa, nem os cardeais são cabeça de todo o corpo santo, universal e católico da [isto é, verdadeira] igreja. Para nós Cristo é o cabeça da igreja. A candura de Hus lhe custou a vida. Ele foi declarado herege e queimado na fogueira em 1415.

Como chefe da Igreja Católica Romana, o papa é muitas vezes chamado de “Santo Padre” e “Vigário de Cristo”, nomes e funções que se aplicam somente a Deus. Ele afirma ter a capacidade de falar ex cathedra, exercendo infalibilidade divina para adicionar e aumentar a Escritura (Ap 22.18). Ele exerce a autoridade, não-bíblica e profana sobre seus seguidores, usurpando a liderança de Cristo e pervertendo a obra do Espírito Santo.

Os reformadores entenderam a declaração “ex cathedra” como uma ousadia descarada. Martinho Lutero escreveu a um amigo: “Nós temos aqui a convicção de que o papado é a sede do verdadeiro e real Anticristo… Pessoalmente, declaro que devo ao Papa a mesma obediência a que devo ao Anticristo.”

Em sua Institutas da Religião Cristã , João Calvino disse:

A alguns parecemos demasiadamente maledicentes e insultuosos quando chamamos Anticristo ao pontífice romano. Aqueles, porém, que sentem isto não se dão conta de que estão a censurar a Paulo de descomedimento de linguagem, porque falamos de acordo com o que ele falou. E para que alguém não objete, dizendo que torcemos indevidamente as palavras de Paulo em relação ao pontífice romano, as quais dizem respeito a outrem, mostrarei em termos breves que não podem ser entendidas de outra forma senão a respeito do papado. (Livro IV, capítulo VII).

As palavras de Paulo que Calvino se refere estão registradas em 2Tessalonicenses, onde o apóstolo descreveu a vinda do Anticristo “o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2Ts 2.4).

Esse mesmo entendimento foi posteriormente refletido na Confissão de Fé de Westminster, que diz: “Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Nem o Papa de Roma, em qualquer sentido, é o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo que se chama Deus “(25,6).

Isso não quer dizer que o papa seja o último Anticristo (1Jo 2.18). Como o  puritano americano Cotton Mather escreveu em A Queda de Babilônia : “Os oráculos de Deus predizem o surgimento de um Anticristo [ou seja, uma ou mais anticristos que personificam o espírito do Anticristo] na igreja cristã. E no Papa de Roma, todas as características de que o Anticristo são tão maravilhosamente respondidos que, se qualquer um que ler as Escrituras não vê-lo, há uma cegueira maravilhosa sobre eles. “

Em um sermão intitulado “Cristo Glorificado”, Spurgeon disse:

Cristo não redimiu Sua igreja com o Seu sangue para que o papa pudesse entrar e roubar a glória. O Papa nunca veio do céu para a terra e derramou seu coração para que Ele possa comprar o seu povo, de modo que um pobre pecador, um homem simples possa ser definido em alta admiração por todas as nações e de se chamar o representante de Deus na terra! Cristo sempre foi o cabeça de Sua igreja.

Em 1Timóteo 2.5, Paulo disse: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” O papa assumiu para si uma posição de autoridade que pertence somente a Cristo.

John MacArthur Jr.

http://www.gty.org/blog/B130226

DONS ESPIRITUAIS - Cessacionismo e Continuismo

holy-spirit-fire 2Por: Rev. Augustus Nicodemus Lopes

Fiquei imaginando o que eu diria se fosse entrevistado sobre a cessação e a continuação dos dons espirituais mencionados na Bíblia, e daí nasceu esta sessão fictícia de perguntas e respostas. As perguntas estão em negrito e itálico.

Pastor Augustus, os dons espirituais cessaram?

Primeiro é necessário definir a que dons nos referimos. Acredito que o Espírito continua até hoje a conceder à Igreja a maioria dos dons mencionados na Bíblia. Mas, tenho a impressão que outros dons foram concedidos somente por um tempo a determinadas pessoas, para atender aos propósitos de Deus para aquela época. Estes não estariam mais disponíveis hoje. Por isto, é necessário, antes de qualquer coisa, esclarecer a que dons estamos nos referindo quando dizemos que os dons cessaram ou que continuam.

Outra coisa a ser levada em consideração é que, de acordo com a história bíblica, Deus não agiu sempre da mesma maneira em todas as épocas. Há muitas ações miraculosas e sobrenaturais que ocorreram somente uma vez ou durante um tempo específico e não foram repetidas. Portanto, por princípio, devemos admitir que Deus é soberano para agir de diferentes maneiras através da história, e que dentro desta ação, ele concede diferentes dons a diferentes pessoas em diferentes épocas. Assim, não podemos nem restringir a ocorrência de determinados dons somente a um período da história e nem requerer que todos os dons terão necessariamente de ocorrer em todos estes períodos.

Então, você não se definiria como um cessacionista?

Se por cessacionista você quer dizer uma pessoa que não acredita que o Espírito Santo conceda dons espirituais à sua Igreja nos dias de hoje, é claro que não sou cessacionista. Se, por outro lado, um continuísta seria alguém que acredita que todos os dons espirituais mencionados na Bíblia estão disponíveis hoje à Igreja, bastando ter fé para recebê-los, é claro que também não sou um continuísta. Creio num caminho intermediário para o qual ainda não achei um nome. Não posso ser chamado de cessacionista e nem de continuísta, pois creio que alguns dons continuam como eram no Novo Testamento, outros cessaram e outros continuam apenas em parte.

Bem, a discussão moderna gira mais em torno dos dons chamados sobrenaturais, como curas, línguas, profecias... se Deus é o mesmo hoje, ontem e eternamente, estes dons não estariam disponíveis hoje, como estavam na época dos apóstolos?

Poderíamos perfeitamente aplicar a estes dons e outros o princípio acima, de que Deus age de maneiras diferentes em épocas diferentes. Não podemos confundir a imutabilidade de Deus - que significa que ele não muda em seu ser e seus atributos - com a “mesmice” de Deus, que significa que ele sempre age da mesma forma. Teoricamente, ele poderia ter concedido os dons relacionados com curas, línguas e profecias a algumas pessoas durante o período apostólico e uma vez cessado aquele período, suspendido a atuação dos mesmos. Não vejo em que admitir isto afeta a imutabilidade de Deus ou diminui o seu poder e sua glória. Querer que Deus sempre atue da mesma maneira, isto sim, engessa Deus num padrão rígido e não admite que Ele tenha maneiras diferentes de agir em épocas diferentes para atingir seus propósitos.

Mas o que havia de tão especial no período apostólico para Deus conceder estes dons sobrenaturais?

Foi o período de transição entre a antiga e a nova alianças. Teve a ver com a vinda de Jesus Cristo ao mundo e o cumprimento de todas as promessas que Deus havia feito a seu povo pelos profetas de Israel. Foi a inauguração dos últimos dias, do fim dos séculos, da última hora e do fim dos tempos. Foi a época em que o Espirito prometido foi derramado. Deus levantou os Doze e Paulo para através deles explicar e registrar estes fatos no Novo Testamento. Era necessário, portanto, que o período mais importante da história da redenção fosse marcado por sinais, prodígios e maravilhas feitos por pessoas extraordinárias como os apóstolos e seus associados. Era preciso deixar claro que era Deus quem estava por detrás daqueles acontecimentos e da mudança da aliança. Uma parte dos dons mencionados no Novo Testamento está relacionada diretamente com este período e com os apóstolos, como o dom de curar e fazer milagres e a profecia como veículo de novas revelações. O dom de línguas, aparentemente, estava também associado àquela época, como sinal externo da chegada do Espírito Santo aos diferentes grupos que compunham a Igreja em seu início (judeus, samaritanos, gentios e discípulos de João Batista). Mas, parece que ele servia a outros propósitos além deste mencionado.

A questão é que estes dons aparecem em algumas das listas de dons espirituais do Novo Testamento como ferramentas do Espírito dadas a todos os crentes para edificar a igreja de Cristo. E agora?

Não vejo dificuldades. Estas listas aparecem em Efésios 4, Romanos 12, 1Coríntios 12 (2 listas) e 1Pedro 4. O que precisamos é definir com mais precisão o que significam cada um destes dons. O que significa, por exemplo, o dom de profetizar, que aparece nestas listas? Os crentes que tinham o dom de profetizar nas igrejas cristãs eram profetas iguais a Isaías e Jeremias, que foram capazes de predizer o futuro de Israel e das nações com incrível precisão? Ou será que os profetas cristãos se limitavam a edificar, exortar, consolar e instruir as igrejas, como Paulo diz em 1Coríntios 11:3 e 31? E o que significa o dom de curar e de realizar milagres? Por que só encontramos este dom associado ao ministério dos apóstolos? E por falar nisto, o que significa “apóstolo” na lista de Efésios 4? O termo pode significar tão somente enviados, missionários, sem qualquer relação com os Doze e Paulo. Infelizmente as pessoas não levam em conta que existem determinados aspectos da função do profeta, do ofício do apóstolo e mesmo do dom de línguas, os quais parecem estar relacionados somente àquela época. Se levarmos em conta estas coisas, podemos até dizer que todos os dons continuam hoje, mas que alguns aspectos ou atributos deles cessaram após o período dos apóstolos.

E qual seria então o critério para dizermos quais os dons que permanecem para os dias de hoje e quais os que cessaram?

Acredito que a regra de ouro é esta: todos os dons que foram veículos de novas revelações ou que estavam ligados diretamente aos instrumentos das revelações, que foram os apóstolos, cessaram com a morte deles. Ilustrando, o dom de profecia continua hoje, conforme entendo, mas somente enquanto exortação, consolo, confrontação pela Palavra. Já o aspecto revelatório da profecia que vemos, por exemplo, em João ao escrever Apocalipse, ou em Paulo e Pedro ao prever como será o futuro, a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, etc., isso certamente não faz parte da profecia hoje. Já cessou.

Da mesma forma o dom do apostolado. Se entendermos apóstolo como missionário, enviado das igrejas para pregar o Evangelho aos povos (é este o sentido básico do termo em grego), não vejo problemas em dizer que ainda hoje temos apóstolos entre nós, que são os missionários que vão desbravar campos ainda não atingidos pelo Evangelho. Mas, certamente não existem mais apóstolos no sentido dos Doze e Paulo, que viram o Senhor Jesus ressurreto, foram chamados diretamente por Ele pessoalmente ou numa aparição após a ressurreição, e que receberam não somente poderes extraordinários de curar e realizar milagres, como foram também veículos da revelação divina, tendo profetizado acerca do futuro de Deus para seu povo e o mundo. E mais, seus escritos às igrejas foram inspirados pelo Espírito Santo, de forma que são infalíveis e inerrantes, sendo a própria Palavra de Deus. Obviamente, nenhum dos que se intitulam de apóstolo hoje tem estas credenciais. Portanto, não podem ser considerados apóstolos como Pedro, Tiago, João e Paulo. Este é um dos dons que permanece hoje somente em parte.

Por este critério o dom de línguas teria cessado também?

Não necessariamente, pois, até onde eu entendo, ele não era revelacional, isto é, não era veículo de novas revelações, como a profecia. Acredito que o relato de Atos e de 1Coríntios 14 nos dão informações suficientes de que o conteúdo das línguas era o louvor a Deus (Atos 2:11; 10:46). O dom consistia na capacidade de louvar e exaltar as grandezas de Deus num idioma que a pessoa desconhecia, e que tinha de se traduzido para a edificação da igreja. Portanto, teoricamente, este dom não precisaria ter cessado pois não era revelacional. Todavia, temos indícios significativos da história da igreja de que ele cessou após o período apostólico. Na eventualidade de uma ocorrência genuína deste dom hoje, esperaríamos que fosse de acordo com as regras bíblicas de 1Coríntios 14: dois ou três falando, em sequência, e com interpretação. Como normalmente não é este o caso nas igrejas que dizem ter este dom, continuo tendo dúvidas de que o que está acontecendo nelas é a manifestação do genuíno dom de línguas. Mas, em tese, estou aberto para a ocorrência do dom genuíno.

Mas, então, isto quer dizer que os crentes que falam em línguas são mentirosos ou estão sendo influenciados pelo diabo?

Claro que não. Seria uma temeridade afirmar este tipo de coisa. Prefiro pensar que em boa parte das ocorrências são irmãos em Cristo sinceros que pensam estar de fato falando em línguas por terem sido ensinados desta forma dentro de determinados ambientes. Eles foram ensinados que falar em línguas é balbuciar palavras sem sentido num êxtase emocional. Há alguns que inclusive foram ensinados por seus pastores a como fazer isto, tipo “relaxe a língua, forme uma palavra desconhecida em sua mente e repita até que saia espontaneamente da sua boca...”

Não consigo perceber qual é o mal em se falar em línguas hoje nas igrejas. Qual o problema?

Se as línguas faladas não forem de Deus, a imitação delas deve trazer algum prejuízo ou perigo de natureza espiritual. Não posso afirmar ao certo, mas imagino que pode produzir arrogância, falsa espiritualidade, e abrir a porta para a atuação de demônios ou da natureza pecaminosa do homem. Na verdade, estes perigos estão presentes em qualquer manifestação que seja meramente humana, e não somente línguas.

Alguns diriam que você nunca falou em línguas porque nunca foi realmente batizado com o Espírito Santo...

Hehe, eu sei, já me disseram isto na cara, num congresso de irmãos pentecostais onde estive como visitante. Bom, a minha resposta é que acordo com Paulo todos os crentes verdadeiros já foram batizados com o Espírito Santo (1Cor 12:13) mas nem todos falam em línguas (1Cor 12:30). Se não for assim, terei de dizer que os reformadores e os grandes missionários da história da igreja nunca foram batizados com o Espírito Santo, pois nunca falaram em línguas. Todavia, se formos fazer uma comparação, eles fizeram mais pelo Reino de Deus do que estes que hoje insistem em dizer que as línguas são o sinal inequívoco do batismo com o Espírito Santo...

Mudando de assunto... Deus cura hoje?

Sem dúvida alguma. Eu mesmo já fui curado por Deus. Todavia é preciso fazer a diferença entre o dom de curar e as curas que Deus faz em resposta à oração. Aqueles que tinham o dom de curar - e parece que estava restrito aos apóstolos e seus associados - nunca falhavam. Cada vez que determinavam a cura, ela acontecia. Não há caso registrado de alguém com dom de curar, como Paulo e Pedro, terem comandado a cura que ela não tenha acontecido. E estamos falando da cura de cegos, coxos, aleijados, surdos e mudos, muitos dos quais nem tinham fé. E mesmo da ressurreição de mortos. Obviamente não apareceu depois dos apóstolos ninguém na história da Igreja, até os dias de hoje, com este mesmo poder. E estou falando de homens como Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley, Whitefield, Hudson Taylor, Spurgeon, Moody e outros homens de Deus, que não podem ser acusados de não terem fé ou de serem carnais.

Isso não quer dizer que Deus deixou de curar depois dos apóstolos. Ele cura sim, ao responder as orações por cura quando quiser. E nem sempre ele responde positivamente. Se fosse feita uma pesquisa, aposto que ela revelaria que existe proporcionalmente o mesmo número de doentes entre aqueles que dizem acreditar que o dom de curar existe hoje e aqueles que acham que já cessou. Isto é, vamos encontrar nos leitos dos hospitais proporcionalmente o mesmo número de membros doentes de igrejas que dizem ter o dom de curar e daquelas que não pensam assim.

Jesus disse certa feita que quem cresse nele faria os mesmos sinais que ele fez. Esta promessa é verdadeira ou não?

O que Jesus disse foi que eles fariam as mesmas obras. Ele não disse que fariam os mesmos sinais (ver João 14:12). Embora o termo “obras” possa se referir aos milagres dele, é mais provável que Cristo se referia à obra de evangelização e conquista de almas, que foi efetivamente a única obra que os apóstolos fizeram que era maior do que as realizadas por ele. Sobre isto, escrevi um post aqui no blog O Tempora, O Mores, dando as razões exegéticas para esta interpretação. A verdade é que nunca ninguém conseguiu superar os milagres de Jesus ao longo de dois mil anos de história do Cristianismo.

E quanto a sonhos e visões?

De acordo com o autor da carta aos Hebreus, Deus de fato se revelou de maneira extraordinária antes de Cristo, falando através dos profetas por meio de visões e sonhos, conforme encontramos no Antigo Testamento. Com a vinda do Senhor Jesus, que é a Palavra encarnada e portanto a última e maior revelação de Deus, estes modos de revelação cessaram, à medida que os apóstolos e escritores no Novo Testamento registraram de maneira infalível e definitiva esta última revelação.

Não digo que Deus não possa hoje se manifestar de maneira extraordinária a um crente. Mas, então, seria o caso de uma experiência pessoal, que não pode ter validade e utilidade pública e nem ser usada como meio para se impor alguma prática ou doutrina aos demais. A maneira geral, normal e esperada de Deus se comunicar conosco hoje é pelo Espirito falando pelas Escrituras e pela sua Providência, que é a maneira sábia pela qual Deus controla e governa os acontecimentos.

Vamos voltar ao dom de profecia. Afinal, ele existe hoje ou não?

Depende do que estamos falando. Os profetas do Antigo Testamento, como Isaías e Ezequiel por exemplo, receberam de Deus revelações quanto ao futuro de Israel, nas nações daquela época e da humanidade em geral. Estas revelações foram registradas em livros com o nome destes profetas e fazem parte da Bíblia. Além da profecia preditiva, os profetas exortavam o povo de Deus a que se arrependessem de seus pecados e voltassem à obediência da aliança. Na verdade, os livros deles trazem proporcionalmente muito mais exortações e advertências do que predições do futuro.

Os sucessores dos profetas do Antigo Testamento foram os apóstolos do Novo Testamento. Paulo, Pedro, João e os demais apóstolos também receberam revelações de Deus quanto ao futuro, a saber, a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, o novo céu e a nova terra.

Os profetas das igrejas locais no período apostólico não eram iguais aos profetas do Antigo Testamento como Isaías, Jeremias, Oséias, Joel, Amós, etc. Entendo que o dom de profecia que aparece nas listas de dons do Novo Testamento se refere à capacidade dada por Deus a determinadas pessoas para trazerem uma palavra de Deus à igreja, baseada nas Escrituras, em momentos de crise e necessidade. O profeta exortava, edificava e instruía os crentes reunidos. Não vejo qualquer base para dizermos que o dom de profetizar no Novo Testamento é o poder para revelar o que está acontecendo na vida íntima dos outros ou anunciar o futuro da vida das pessoas. Se fosse feito um registro da quantidade de profecias deste tipo que se mostraram falsas, não cumpridas ou que são tão gerais que cabe tudo nelas, já teríamos concluído de vez que o dom de profetizar não é isto.

Mas, e o caso do profeta Ágabo no livro de Atos que profetizou por duas vezes acontecimentos futuros?

Ágabo profetizou por duas vezes fatos que estavam relacionados com a vida e o ministério do apóstolo Paulo, durante o período em que as Escrituras estavam sendo feitas e no qual Paulo era o principal protagonista. Me parece claramente uma situação excepcional e bastante diferente do período atual da história da igreja.

Não acha que essa sua posição acaba por extinguir e apagar o Espírito e impedir a ação de Deus no meio de seu povo? Não é este o pecado imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Acho que o maior pecado contra o Espírito é desobedecer as orientações que Ele nos deu na Bíblia para examinarmos todas as coisas. Ele orientou os escritores bíblicos a escreverem aos crentes dizendo que eles deveriam estar atentos contra manifestações espirituais que não procediam de Deus, contra a ação de falsos profetas e falsos irmãos e mesmo contra a ação de espíritos enganadores que são capazes de realizar sinais e prodígios (Apocalipse 16:14). O Espírito nos chama a discernir os espíritos, a exercitar o bom senso e usar a razão. Pecamos contra o Espírito ao aceitarmos as manifestações espirituais de maneira crédula, sem exame ou análise, renunciando às orientações bíblicas e à nossa razão. É pela omissão dos crentes que os falsos profetas entram nas igrejas e disseminam heresias perniciosas.

Qual o seu comentário final aos nossos ouvintes?

Não considero a questão da contemporaneidade dos dons como sendo uma daquelas que se acham no coração do cristianismo. Não estou negando a importância da discussão se todos os dons que aparecem na Bíblia estão disponíveis hoje ou não. A verdade é que cristãos verdadeiros que são cessacionistas ou continuístas têm o mesmo desejo, que é servir a Deus de todo coração e serem instrumentos de bênção para os outros. Por outro lado, se não tivermos uma compreensão clara de um assunto como este, poderemos não somente nos privar da verdade como também promover a mentira – em ambos os casos, mesmo que o prejuízo não seja fatal, certamente afetará a nossa vida e das pessoas ao nosso redor.

Por: Rev. Augustus Nicodemus Lopes

Retirado do Blog: http://tempora-mores.blogspot.com.br/

segunda-feira, 18 de março de 2013

Poderá alguém esconder-se por detrás de si mesmo?

sal_crosspor Rômulo de Oliveira

Estamos na minha igreja local estudando sobre o Apóstolo Pedro. Que homem admirável! Segundo meu entendimento, poucos de nós teriam a coragem de se mostrar tão transparente. O que muitos têm visto como distorção em seu caráter, eu vejo como qualidade de quem não tem medo de se expor ou de ser corajoso o bastante para se mostrar como realmente é.

Por isso, volto a perguntar: pode alguém esconder-se por detrás de si mesmo? Eu respondo: Muitos de nós temos tentado. Alguns até conseguem e, por tanto tempo, que chegam a acreditar que são, na verdade, o que se mostra à frente do ser que realmente são.

Tomo como exemplo apenas quatro discípulos de Jesus Cristo, entre doze: Pedro, João, Tomé e Judas Iscariotes. Homens do povo, convocados sem aparente pré-requisito – mesmo levando em conta a Presciência de Jesus –, “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;” (Fp 2:6). Ele sabe tudo, no entanto, segundo meu entendimento, reuniu, ensinou, treinou doze homens como eu e você, que podiam – e tiveram – seus caráteres transformados.

- Pedro, transparente, impulsivo, e o que mais “trabalho deu a Jesus.”

- João, transparente, manso, solícito, “o discípulo amado.”

- Tomé –, sobre ele, tenho que buscar apoio nos evangelhos para poder resumir o que leio da personalidade desse também transparente discípulo.

No capítulo 11 do Evangelho de João lemos o relato da morte e ressurreição de Lázaro. Jesus, nos versículos de11 a 13, fala aos doze que Lázaro havia adormecido e que iria para lá para despertá-lo. Os discípulos disseram “(...)se dorme, estará salvo.” Eles não haviam entendido que lázaro estava morto; então, nos versículos 14 e 15, O Senhor disse, claramente: “(...)Lázaro morreu (...) mas vamos ter com ele.” Atentem para Tomé na narrativa de João: “Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele.” (Jo 11.16).

Pergunto: Tomé teve receio de acompanhar Lázaro na morte, ou tentou desencorajar os seus pares a ir com Jesus até onde estava o morto? Logo a seguir, no capítulo 14, Jesus conforta os discípulos quanto a Ir preparar lugar na casa do Pai, que voltaria para buscá-los para continuarem juntos, e que eles sabiam o caminho para onde Ele iria. Então Tomé, sem medo de se expor, – como também fizera outras vezes Pedro –, toma a frente dos demais discípulos e: (V5), “Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?”. Tomé não queria sair dali com dúvidas.

Logo após, no capítulo 20 de João, vemos a narrativa da ressurreição dO Senhor Jesus, a Sua aparição a Maria Madalena e aos discípulos e, por fim vemos a total e explícita incredulidade de Tomé (Vs 24-28). “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!”. Passo agora ao quarto discípulo que tomei como exemplo:

- Judas Iscariotes, ÚLTIMO discípulo a ser escolhido, segundo as narrativas em Mt 10, Mc 3 e Lc 6 TRAIDOR, segundo os mesmos textos, e também pelo Próprio Senhor, em Mt 26:25. “Então, Judas, que o traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre?Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.” POSSUÍDO POR SATANÁS, Lc 22-3. “Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze.” LADRÃO, em Jo 12:4-6. Vemos Jesus tendo os pés ungidos com um perfume muito caro, por Maria, irmã de Lázaro: “Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava”. Dando como acabado a descrição do caráter do último dos doze, não tenho dúvidas de que o epitáfio de Judas Iscariotes é FILHO DA PERDIÇÃO. Jesus, Em Suas palavras de despedida narrada em Jo 16, vemos as palavras de despedidas de Jesus a partir do versículo 25. No capítulo 17 vemos a oração sacerdotal. E chegando ao versículo 12, vemos que até mesmo Judas, o traidor, foi guardado: “Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”.

Judas, ao contrário dos outros onze discípulos, jamais saiu de detrás de si mesmo. Eu e você, a cada dia, devemos mostrar-nos sem sombras, na luz, cada vez mais transparentes para nossa família, para a liderança da nossa igreja local, para os irmãos, para o mundo e, principalmente, para Deus. Que Ele nos ajude nessa difícil tarefa.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Arrependimento deve marcar nossa vida

“Porque tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; pois tu fielmente procedeste, e nós, perversamente” (Ne 9.33).

grace-repentanceEm Neemias 8, as pessoas ouviram a Palavra de Deus e choraram em arrependimento, reconhecendo quão seriamente eles e seus antepassados ​​tinham pecado contra Deus. Porém, aquele era um momento de festa e, assim, Neemias e os outros líderes exortaram as pessoas a não chorar, mas, se alegrarem, acrescentando que “a alegria do Senhor é a nossa força” (8.10). Agora, dois dias depois da Festa dos Tabernáculos, o povo se reúne novamente, desta vez, em jejum, com pano de saco e terra sobre a cabeça (Ne 9). Uma demonstração externa de uma profunda lamentação e peso no coração pela própria iniquidade. O povo estava arrependido!
Mais uma vez, a Lei do Senhor foi lida por várias horas, e em seguida, os levitas, talvez liderados por Esdras, fizeram uma grande oração de confissão de pecados. Juntamente com Esdras 9, e Daniel 9, esta é uma das grandes orações de arrependimento e confissão da Bíblia. Esta oração é cheia de instruções sobre quem é Deus, quem somos, e como Deus tem graciosamente trabalhado em favor do Seu povo.
John MacaArthur estava certo quando escreveu: “A igreja hoje é frequentemente culpada de fornecer aos crentes uma armadura de papel de bons conselhos, programas, atividades, técnicas e métodos, quando o que eles precisam é a armadura divina de uma vida santa. Nenhum programa, método ou técnica pode trazer plenitude e felicidade para o crente que não esteja disposto a enfrentar e abandonar o seu pecado”.
Este é o oposto do que algumas pessoas fazem. Hoje, se as pessoas se referem aos pecados de seus pais, elas se desculpam, em vez de assumirem qualquer responsabilidade. Eles culpam seus erros em seus temperamentos, ou pela maneira como foram educados.
Há um paradoxo na vida cristã: quanto mais você anda com Deus, mais você fica ciente da depravação terrível de seu próprio coração. Não foi no início da vida cristã de Paulo, mas justamente no fim que ele disse, “... Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). Ele não disse, “entre os quais eu costumava ser o maior de todos”, mas em vez disso, “Eu sou o maior de todos”. Quanto mais Paulo andava com Deus e contemplava Sua justiça perfeita, mais ele estava consciente de seu próprio pecado, ainda que em sua caminhada diária ele estivesse crescendo em santidade. Assim, quanto mais você conhece a Deus e seu próprio coração, através de Sua Palavra, mais você vai perceber o quão propenso ao pecado você realmente é. O verdadeiro arrependimento aceita a responsabilidade para o pecado e não culpa a Deus.
Você pode estar deprimido hoje - talvez devido ao seu pecado ou talvez devido a algumas outras circunstâncias difíceis. Apenas lembre-se, não importa o quão quebrado você esteja, o caminho de volta ao nosso soberano Senhor, suficiente e gracioso, está sempre aberto. Ele convida você a voltar para Ele.

O que é Teologia Reformada? por jocarli a. g. junior

testeO livro “O que é Teologia Reformada?” de RC Sproul é uma introdução das bases da Teologia Reformada. Neste livro perspicaz, RC Sproul percorre os fundamentos da Doutrina Reformada e explica como a crença reformada é centrada em Deus, com base na Escritura Sagrada e comprometida com a fé em Jesus Cristo.

O livro foi publicado pela Editora Cultura Cristã. R. C. Sproul é autor de mais sessenta livros, fundador e presidente da Ligonier Ministries e professor de Teologia Sistemática e Apologética no Knox Theological Seminary, em Fort Lauderdale, Flórida.

O livro é dividido em duas partes. A primeira consiste em cinco capítulos sobre os fundamentos da Teologia Reformada. Sem entender os fundamentos, o leitor terá dificuldades para compreender os cinco pontos do Calvinismo. Cada um deles é explicado em detalhes, mas com precisão suficiente.

1. A Soberania de Deus (Centrado em Deus);

2. A Importância das Escrituras (Baseada somente na Palavra de Deus);

3. Somente a fé (Comprometida somente com a fé);

4. O Ofício Tríplice de Cristo (Dedicada ao profeta, sacerdote e rei),

5. A Teologia do Pacto (Apelidada de teologia da aliança).

A segunda parte do livro é uma análise dos Cinco Pontos do Calvinismo do conhecido acróstico TULIP:

1. Depravação total;

2. Eleição incondicional;

3. Expiação limitada;

4. Graça Irresistível;

5. Perseverança dos Santos.

No entanto, Sproul prefere falar de Corrupção Radical, Escolha Soberana, Expiação Proposital, Chamada Eficaz e Preservação dos Santos. Estes termos esclarecem algumas interpretações equivocadas. Por exemplo, é fácil supor que o termo “Depravação Total” significa que o homem é tão mal quanto seria possível. Porém, a Teologia reformada reconhece que pecadores em sua condição decaída ainda são capazes de executar aquilo que os reformadores chamaram de “virtude civil”. Contudo, toda a ação, incluindo as inclinações do coração de quem a faz, é trazida sob o escrutínio de Deus e achada em falta.

Um excelente livro que deveria ser lido, principalmente, pelos oficiais de nossas igrejas. Lamentavelmente, a Editora Cultural Cristã demorou muito para publicar. Porém, mais triste ainda é o fato de que muitos líderes nunca terão acesso ao conteúdo.

Se você é oficial presbiteriano, para o bem de sua igreja, leia o livro “O que é Teologia Reformada?” de RC Sproul. Vale a pena!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

olhe para a fidelidade de deus

Rainbow O Salmo 23 descreve a Deus como o Supremo Pastor; Ele alimenta, conduz e cuida de Suas ovelhas. E no versículo 4 está escrito: “Mesmo que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo”. Deus não nos promete ausência de vales. No entanto, Ele diz que ao passarmos pelos vales, Ele estará conosco.

Assim, a escolha é nossa. Podemos ser cristãos sem alegria, ou podemos ser cristãos alegres. Nós podemos passar a vida entediados, tristes e reclamando, ou podemos nos alegrar no Senhor, em saber que o nosso nome já está escrito no céu, na esperança de uma herança eterna. É um privilégio e nossa obrigação ser alegre.[1] Viver sem alegria é desonrar a Deus e negar o seu amor e o seu controle sobre nossas vidas.

Quero convidá-lo, neste momento, a olhar para a fidelidade Deus. Você pode não entender o que está acontecendo, mas se você ama ao Senhor, você pode ter a certeza de que todas as coisas cooperam para o seu bem (Rm 8.28). Na verdade, Deus pode realizar algo extraordinário em sua vida. Mattew Henry disse que, quanto mais clara for a nossa visão da soberania e do poder do céu, menor será nosso temor diante das calamidades desta terra.[2]

Não quero minimizar a sua dor, mas desejo que você tenha uma visão maior da glória futura. Eu não quero que você finja que o sofrimento seja algo agradável, mas que você seja capaz de dizer, como Paulo: “Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre” (2Co 4.16-18, NTLH).


[1] Bridges, J. (2006). The fruitful life: the overflow of God’s love through you (85–86). Colorado Springs, CO: NavPress.

[2] Henry, Matthew: Matthew Henry's commentary on the whole Bible: Complete and unabridged in one volume. Peabody: Hendrickson, 1996, c1991, S. 2Rs 6:13

a porta está aberta

istock_door-300x225 Há um paradoxo na vida cristã: quanto mais você anda com Deus, mais você fica ciente da depravação terrível de seu próprio coração. Não foi no início da vida cristã de Paulo, mas justamente no fim que ele disse, “... Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). Ele não disse, “entre os quais eu costumava ser o maior de todos”, mas em vez disso, “Eu sou o maior de todos”. Quanto mais Paulo andava com Deus e contemplava Sua justiça perfeita, mais ele estava consciente de seu próprio pecado, ainda que em sua caminhada diária ele estivesse crescendo em santidade. Assim, quanto mais você conhece a Deus e seu próprio coração, através de Sua Palavra, mais você vai perceber o quão propenso ao pecado você realmente é.

Em uma ocasião, o grande reformador Martinho Lutero estava muito deprimido. Não desejava levantar-se a despeito dos apelos da família e amigos. Finalmente, sua esposa, Katie, colocou um vestido preto, parecendo uma viúva, em luto. Quando Lutero percebeu, perguntou-lhe quem tinha morrido. Ela respondeu que Deus, no céu, deve ter morrido, a julgar pelo comportamento de Lutero. Sua depressão foi embora de imediato, ele sorriu e beijou a sua sábia esposa.

Você pode estar deprimido hoje - talvez devido ao seu pecado ou talvez devido a algumas outras circunstâncias difíceis, como no caso de Lutero. Apenas lembre-se, não importa o quão quebrado você esteja, o caminho de volta ao nosso soberano Senhor, suficiente e gracioso, está sempre aberto. Ele convida você a voltar para Ele.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

a igreja não pode tolerar o pecado

light-bulb-300-wide O Senhor Jesus Cristo chamou Sua igreja para ser santa e pura em meio ao pecado. A primeira instrução de Cristo a Sua igreja foi à respeito de como se confrontar o pecado (Mt 18.15-17).

No livro de Apocalipse, a carta à igreja de Tiatira é a mais longa das sete, embora dirigida à menor das sete cidades. Ela tem uma mensagem importante para a igreja de hoje: a falsa doutrina e o pecado não são permitidos, mesmo sob a bandeira do amor, tolerância e unidade. Pode haver muita coisa que seja louvável em uma igreja. Ela pode ter um ministério eficaz, pode ser uma igreja grande, e até mesmo benquista na sociedade. Contudo, a imoralidade e a falsa doutrina, se não forem confrontadas, trarão o julgamento do Senhor da Igreja.[1] Alex D. Montoya estava certo quando escreveu: “O que toleramos hoje, nossos filhos praticarão amanhã”.[2]

Os cristãos de hoje também são tentados a buscar realização pessoal fazendo concessões indevidas. Porém, a igreja não pode tolerar o pecado de qualquer forma. Para a igreja de Corinto, que tolerava um homem acusado de incesto, Paulo escreveu: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento...” (1Co 5.6-7). Se Deus é absolutamente intolerante com o pecado, a igreja também deve ser! Aliás, se a igreja não for pura, o que vai proclamar ao mundo?


[1] MacArthur, J. (1999). Revelation 1-11 (94). Chicago: Moody Press.

[2] Alex D. Montoya, Homosexuality and the church, p. 169

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Alegrai-vos sempre no Senhor

smile_joy_by_eyesweb1-d39cyd5 Por várias vezes, nas Escrituras, somos convidados a ser um povo alegre. O Salmo 100, por exemplo, começa dizendo, “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico” (Sl 100.1-2). O Salmo 98 parece muito semelhante: “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores” (Sl 98.4). O profeta Isaías havia proclamado: “Assim voltarão os resgatados do SENHOR e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria lhes coroará a cabeça; o regozijo e a alegria os alcançarão, e deles fugirão a dor e o gemido” (Is 51.11). Mesmo Neemias havia declarado: “não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne 8.10).

A alegria cristã verdadeira é um privilégio e um dever. Isso significa que não devemos ficar esperando que as circunstâncias mudem para realmente nos alegrar em Deus. Na verdade, somos ordenados a viver sempre alegres (1Ts 5.16). Devemos nos alegrar sempre (Fp 4.4). A alegria não é uma opção disponível apenas para aqueles cujo temperamento é propício para isso. Deus deseja que cada um de Seus filhos apresente o fruto da alegria.[1]

Alguém roubou a sua alegria? Se a alegria está ausente em sua vida, hoje, você precisa orar como Davi: “Restitui-me a alegria da salvação” (Sl 51.12). Não deixe Satanás, ou qualquer outra pessoa, roubar-lhe esse dom precioso de Deus para sua vida.


[1] Bridges, J. (2006). The Fruitful Life: The overflow of God’s love through you (75–77). Colorado Springs, CO: NavPress.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

leia e releia a Bíblia

old-holy-bible-olivier-le-queinec Peter Deyneka Jr., conta sobre um casal cristão em viagem pela Rússia. Em um determinado hotel, uma empregada implorou a eles pelo Evangelho de João, que havia sido deixado sobre a cabeceira da cama. Ela explicou que era cristã e que a sua a Bíblia tinha sido destruída há 30 anos durante o cerco alemão de Leningrado. O casal, alegremente, presenteou a empregada com uma pequena Bíblia; esta a recebeu com gratidão e depois saiu rapidamente. Na manhã seguinte a empregada encontrou o casal no corredor, e disse, “Eu tinha que vê-los. Devo agradecer de novo o presente precioso que vocês me deram ontem. Por 30 anos tenho orado por uma Bíblia. Ontem eu fiquei a maior parte da noite lendo”.[1] Quem, de fato pode medir o valor e a bênção da Palavra de Deus?

“... e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés...” (Ne 8. 1) – Cópias da Lei de Moisés eram, provavelmente, raras. Mesmo no Novo Testamento, Paulo instruiu Timóteo a dar atenção às reuniões da igreja “para a leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino” (1Tm 4.13). Até à invenção da impressa, no Século XV, a Bíblia tinha que ser copiada à mão, e muitas vezes só havia uma cópia em uma cidade, muitas vezes acorrentadas aos púlpitos. Como o número de analfabetos era assustador, a Bíblia deveria ser lida publicamente.

Nós vivemos em uma cultura onde quase todos sabem ler. Aqueles que não sabem ou não leem bem, podem facilmente aprender. Nós temos várias traduções da Bíblia em nossa língua. Porém, boa parte dos cristãos gasta mais tempo brincando no computador ou sentado em frente à TV, do que lendo e estudando a Palavra de Deus.

Para o bem da sua alma, quero desafiá-lo a ler e reler a Bíblia todos os dias de sua vida. Se você quer uma renovação espiritual, ela virá por meio da Palavra de Deus. No Salmo 119, nove vezes o autor menciona como a Palavra de Deus traz avivamento (Salmo 119.25, 50, 93, 107, 149, 154, 156). Para uma renovação espiritual, o povo de Deus deve ler a Sua Palavra.


[1] Campbell, Nehemiah: man in charge. Page 73.

A adoração é importante para Deus

Worship_Praise[1] “Ora, uma vez reedificado o muro e assentadas as portas, estabelecidos os porteiros, os cantores e os levita” (Ne 7.1).

A primeira atitude de Neemias após ter concluído a restauração dos muros foi estabelecer os responsáveis pela adoração. Os primeiros versículos do capítulo 7 nos dizem sobre três categorias gerais de nomeações (porteiros, cantores e levitas). Os cantores e levitas tiveram prioridade, porque a adoração era a razão de ser de Jerusalém.[1] A razão para proteger a cidade dos invasores não foi apenas para que todos pudessem viver em segurança. Mas também para que a adoração fosse realizada no templo.

O puritano John Owen nos lembra que a verdadeira adoração, ainda que oferecida na terra, é conectada nos céus.[2] É importante lembrar, também, das palavras de John Piper, “Missões não é o objetivo final da igreja. A adoração é. Missões existe porque a adoração não existe. Adoração é o objetivo final, não missões, porque Deus é o objetivo, não o homem”. Ele acrescenta, “O objetivo das missões é a alegria dos povos na grandeza de Deus”.[3]

Os melhores vendedores são sempre aqueles que amam o seu produto. Eles estão convencidos de que você não pode realmente desfrutar da vida a menos que tenha o que eles estão vendendo. E enquanto as vendas e a evangelização não sejam análogas, as testemunhas mais eficazes são aqueles que, obviamente, são cativados pela grandeza de Deus e Sua salvação.

Em Apocalipse, aprendemos que uma boa parte do céu será investida em louvor e adoração a Deus. Os santos se reunirão com os anjos, com os quatro seres viventes e com os 24 anciãos e cantarão: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5.9, 12, 13). Seremos tão impactados pela beleza da glória de Deus que nos juntaremos aos seres celestiais para glorificar ao Eterno!

Quando você contempla um cenário de beleza natural, como um pôr do sol nas montanhas ou na praia, mesmo que não conheça ninguém ao seu lado, você sente o desejo de dizer alguma coisa às pessoas que estão em sua volta: “Uau, isso é incrível, não é!” Fazemos isso porque a beleza gera em nosso coração um louvor espontâneo, e o louvor é melhor quando compartilhado. O céu será um tempo de contemplar da beleza de Deus, e compartilhá-la com os outros, eternamente.

Entretanto, é relevante destacar que a adoração não é algo que os crentes devem aprender somente no céu. O pregador britânico, Charle H. Spurgeon disse que, “Se queremos ser fiéis ao coral celestial, às melodias devem ser aprendidas aqui em baixo”.[4]


[1] KIDNER, Derek. Esdras e Neemias. São Paulo: Editora Vida Nova, 2011, p. 11.

[2] John Owen, The Works of John Owen (Carlisle: The Banner of Truth, 1990), IX: 77.

[3] PIPER, John. Let the Nations be Glad! [Baker Academic], 2nd ed., p. 17

[4] Charles Spurgeon, The Treasury of the Bible (reprint, Grand Rapids: Baker, 1981), 8:743.