quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Jesus espera que você não desista


Um dia desses fiquei aturdido, quase fui a “nocaute” com a reação abrupta e hostil a um questionamento que fiz quanto ao procedimento de um amigo –, não de muito tempo, mas íntimo. Eu o visitava e estávamos confortáveis na sala de estar da casa dele. Há certa altura da conversa, contrapus-me a ele e ao que argumentava, citando a Bíblia como minha referência ao assunto em questão. Não podia crer na enxurrada de blasfêmias que ouvi contra a Bíblia, o evangelho, às religiões, contra os clérigos e principalmente contra pastores. Ele falava sem me dar condições de aparte.

Foi um final de visita que não posso esquecer. Por amor a Deus e zelo pela Sua Palavra, quase chorei. Como disse, aturdido e sem estar preparado para tal situação, falei: Eu vou continuar a orar por você! Aí recebi o golpe de “misericórdia”, por favor, não ore por mim, ore lá pra vocês – falou com a maior tranqüilidade –, ficou claro para mim, depois de um tempo, quando voltava para minha casa. Com certeza, ele não me questionou de improviso. Tudo que ele falou, já estava premeditado e esperava aquela oportunidade.
Continuo a visitá-lo – agora com mais freqüência –, nunca parei de interceder a Deus a favor dele e sei que errei quando declarei orar por ele. A não ser que nos peçam, interceder por alguém, é algo que diz respeito ao intercessor e a Deus. Tenho sido mais precavido e ele nunca mais vai me pegar “desarmado, desprevenido”. Tenho me atrevido, e falado das minhas convicções, das minhas atividades na igreja, tenho citado a Bíblia. Ele tem se “comportado” e me ouve, peço a Deus que ele escute. Eu o considero amigo e não pretendo desistir-me dele. Este não é um acontecimento isolado e não me provoca admiração, o Apostolo João já nos advertiu: “Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia” (1 Jo 3:13). Não é fácil para o meu amigo entender que eu sou um renascido e que ele é um homem morto antes do túmulo. Reconhecer-se perdido não depende dele, morto não ouve! E eu posso ajudá-lo, insistindo que ele pode se livrar dessa morte. É lógico que ele já ouviu falar de Deus, aliás, ele confessa crer nEle e já ouviu muito acerca de Jesus, da Bíblia, de milagres, de salvação. Por isso não posso desistir de incitá-lo a desejar um encontro pessoal como teve, por exemplo, Nicodemos, contado no capítulo três do evangelho de João. Nicodemos era um judeu importante na sociedade de Jerusalém. Como o meu amigo, Nicodemos dizia crer em Deus e ficou sabendo por muitos, a respeito de Jesus, do que Ele falava e sobre os milagres que realizou. Num determinado momento, Nicodemos foi movido a constatar direto na Fonte e: “Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (...) “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (...) “Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?”(...) “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”.
O meu amigo só irá entender que precisa ser ressurreto antes de morrer, se compreender que depende única e exclusivamente da vontade dEle, a salvação é dom de Deus: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer”. Palavras de Jesus em João cinco vinte e um. Uma vez ressuscitado, então, o meu amigo terá “ouvidos de ouvir”. Jesus continua vivo e é o mesmo dos dias de Nicodemos. ”Ele se deixa achar” e só Ele realiza o milagre que faz um morto escutar e nascer de novo para nunca mais morrer eternamente. “Não vos maravilheis disto” alerta Jesus aos vivos, ainda no evangelho de João capítulo cinco vinte e oito, “porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão”. Por fim, quero afirmar que “todos” se referem tanto aos que ouviram ao chamado antes de morrer, quanto aos que fatalmente ouvirão quer queiram quer não, depois do túmulo. Cada um de nós deve empenhar-se em oração por outros testemunhando com a vida e com palavras, a cerca de tão grande salvação, enquanto temos tempo. Maranata! Amém.

Rômulo de Oliveira.

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