terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Onde estão os Elias de Deus? - 1Reis 17-19



O grande profeta Elias orou sobre o tempo de forma literal e espiritual. Tiago 5.16b-18 nos diz: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos”.
Elias surgiu em meio ao mais corrupto dos reinos da história Israel. O fraco rei Acabe tinha se casado com a princesa fenícia, Jezabel, que promovia agressivamente a adoração a Baal (1Reis 16.31-33). Ela havia exterminado os profetas do Senhor, com exceção de 100 que foram escondidos por Obadias, o mordomo de Acabe, que era um cristão em secreto (18.3, 13). Porém, apesar de terem sobrevivido, os 100 profetas permaneceram em silêncio durante todo o tempo.
Baal era considerado o deus que controlava a chuva e a fertilidade na agricultura, animais e pessoas. Muitas vezes, os israelitas misturavam o culto de Javé com o culto a Baal (Jeremias 2.23, 25). Embora houvesse 7.000 em Israel que não haviam dobrado os joelhos diante de Baal (19.18), eles, como os 100 profetas de Javé, permaneceram escondidos. Ninguém tomou posição pública diante do Senhor, com exceção de Elias. Sem dúvida, aquele era um tempo sombrio. Um tempo de acomodação e sequidão espiritual.

Certamente, nossa época se parece muito com o tempo do profeta Elias. Vivemos um tempo onde a igreja cresce, mas não influencia. Vivemos um tempo onde os crentes dizem amar a Deus, mas também o mundo. Lamentavelmente, a igreja contemporânea está de tal forma relacionada com o mundo que se esqueceu de como não se envolver.
O Pastor e escritor Vance Havner descreveu a igreja de maneira triste: “Nos dias de hoje somos desafiados, mas não transformados; convencidos, mas não convertidos. Ouvimos, mas não praticamos; e desse modo, enganamos a nós mesmos.”
Por que não lemos a Bíblia com um desejo ardente em nossa alma? Por que não oramos com o coração ardente pelos milagres de Deus? Por que temos tanta dificuldade para falar de Jesus, mas gastamos horas comentando sobre os gols do campeonato de futebol? Por que a apatia espiritual toma conta da nossa vida, mas o nosso coração se aquece facilmente por um passeio ao Shopping, praia, ou pescaria?
A reposta é que, por uma razão ou outra, nos falta motivação pelas coisas de Deus. Usamos uma maquiagem, mas o que precisamos é de uma cirurgia em nossa vida. Precisamos urgentemente de um avivamento genuíno.
Martyn Lloyd-Jones comparou o avivamento à caminhada de um pai junto com seu filho. De repente, o pai pega o pequenino, levanta-o e abraça-o, demonstrando com beijos e palavras carinhosas o quanto ele o ama. Para este pregador londrino, ser tratado assim era o cerne do avivamento.
 O tipo de pessoa que ora em tempos de sequidão espiritual são aquelas que não estão apenas brincando de igreja. Na realidade, são pessoas que conhecem a Deus como o Deus vivo.  Elias conhecia Deus como o Deus “perante cuja face eu estou” (1Reis 17.1). Assim, mesmo que estivesse de pé diante de um rei ímpio e poderoso, que havia assassinado muitos profetas, Elias poderia falar ousadamente, porque ele sabia que era Deus, e não o rei Acabe, o último juiz a quem ele iria prestar contas.

Onde estão os Elias de Deus?

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