sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Humilhação de Nabucodonosor - Daniel 4

divine_repentance0123 por Rev. Jocarli A. G. Junior

O capítulo 4 de Daniel, na realidade, é o testemunho de um rei pagão. Deus enviou um sonho ao rei Nabucodonosor em uma época de paz e de prosperidade. Ele viu uma árvore imensa que cobria a terra toda. Os pássaros e os animais se refugiavam debaixo dela. E ele ouviu uma voz dizendo: “Derribai a árvore”. A árvore foi cortada, mas a cepa foi deixada na erva úmida, atada com ferro e bronze durante “sete tempos” (v. 10-17).
O sonho, aparentemente, não era tão complicado de se interpretar. Entretanto, o rei tinha poder, riqueza e glória, mas era incapaz de compreender o pesadelo. Somente o profeta Daniel poderia ajudá-lo.
A árvore – Representa Nabucodonosor e seu grande reino (v. 20-22). Os animais e as aves – Representam as outras nações que se refugiavam na Babilônia. O “vigilante” e o “santo” – É um anjo do Senhor designado para operar no reino babilônio. O anjo anunciou: “Cortai a árvore”, e isso queria dizer que o rei Nabucodonosor perderia o trono. A árvore seria cortada, e a cinta de ferro impediria seu crescimento.
A terceira parte da visão (v. 15b-16) deve ter sido ainda mais aterrorizante para Nabucodonosor. Ele se tornaria louco e viveria entre os animais. Ele não teria mais capacidade mental. Além disso, essa situação duraria “sete tempos”.
Daniel advertiu ao rei de que se arrependesse e mudasse seus caminhos. Afinal, Deus falara com o rei em duas ocasiões distintas - pelo sonho do capítulo 2 e pelo episódio da fornalha, no capítulo 3 - e é perigoso tapar os ouvidos para Deus.
Entretanto, Aconteceu como Daniel previu. “Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor...” (v. 28). Deus concedeu 12 meses para Nabucodonosor meditar e arrepender-se dos seus pecados, porém o rei não prestou atenção à advertência (v. 27).
Após o período de “sete tempos”, o sofrimento de Nabucodonosor chegou ao fim. O rei aprendera sua lição: ele não era nada, Deus é tudo! O versículo 17 afirma: “O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens...”. O rei que tinha procurado honra e glória para si mesmo agora reconhece que o único que deve ser exaltado é o Altíssimo.
Nabucodonosor tinha todos os motivos para ter orgulho da Babilônia. A construção desta famosa cidade, com seus jardins suspensos, paredes maciças, e muitos templos, era uma de suas maiores realizações. No entanto, ele falhou em reconhecer que nada disto teria sido possível além da vontade soberana de Deus.
O comentarista bíblico Stuart Ollyot estava certo quando escreveu: “nunca devemos desistir da conversão de qualquer pessoa. Jamais poderíamos imaginar que este poderoso rei, que levou cativo o povo de Deus e ordenou a execução dos amigos de Daniel (cap. 3), reconheceria a grandeza de Deus?” Se Deus pôde quebrantar o coração de um homem orgulhoso como o rei Nabucodonosor, quem lhe será demasiadamente difícil?

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