sábado, 2 de julho de 2011

O que fazer em meio às crises? (2Rs 4.1-6)


A família é obra de Deus, nasceu no coração do Altíssimo, nasceu no céu e não na Terra. Mas, nem por isso, a família está livre das crises. Através da história da viúva pobre e o seu encontro com o profeta Eliseu podemos descobrir preciosas lições para nossa vida familiar. Essa pobre mulher estava enfrentando uma verdadeira tempestade, na realidade, ela estava enfrentando quatro grandes crises, observe:


Em primeiro lugar, ela estava enfrentando uma crise emocional – “Meu marido, teu servo, morreu...” – Por mais que nos esforcemos para que o nosso lar seja um local de gozo e tranqüilidade, ninguém está livre das circunstâncias. O desespero dessa viúva é uma evidência de nossa triste realidade. A viúva declara em lágrimas que seu esposo estava morto. O luto havia chegado ao seu lar, ela estava quebrada emocionalmente.

Em segundo lugar, ela estava enfrentando uma Crise Espiritual – “... e tu sabes que ele temia ao SENHOR” – Embora ela não declare, é provável que no seu coração houvesse uma pergunta que com freqüência os cristãos fazem a Deus em meio às crises: “por que Senhor?”, “Meu marido era temente ao Senhor”, “por que o Senhor permitiu que ele morresse agora?” Todavia, mesmo as pessoas separadas para o ministério passam por provações e dificuldades. Ninguém está livre dos problemas.

Em terceiro lugar, ela estava enfrentando uma Crise Existencial – “... É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos” – A crise existencial ocorre quando você se depara com questões que naturalmente não tem respostas, mas não se conforma. Como se não bastasse à dor do luto, a viúva também estava enfrentando a triste realidade de perder os filhos. Imagine o tamanho de sua angústia ao receber a notícia de que os seus dois filhos seriam levados para pagar a dívida da família (Êx 21.1-11; Lv 25.29-31; Dt 15.1-11).

Em quarto lugar, ela estava enfrentando uma Crise Financeira – “É chegado o credor...” – Desde a morte do seu esposo, a viúva não pôde nem mesmo se preparar para o luto, as dívidas chegaram primeiro. Nesta aflição a viúva vai ao encontro de Eliseu, na dependência da promessa de que a descendência dos justos não será abandonada (Sl 112.2).

A atitude da viúva pobre nos ensina algo muito importante a respeito das crises. A crise não faz a pessoa, a crise revela a pessoa. Em um momento de provação, você busca o que você confia. Um alcoólatra se volta para a garrafa. Um viciado se volta para as drogas. Uma pessoa do mundo se volta para a sabedoria do mundo. Mas um cristão busca a face de Deus.

Durante as décadas de 1930 e 40, mais de seis milhões de judeus foram mortos em campos de concentração. Quando o campo de concentração de Auschwitz foi libertado pelas tropas aliadas, no final da II Guerra Mundial, as seguintes palavras foram encontradas em uma cela: Eu acredito no sol, mesmo quando não está brilhando. Eu acredito no amor mesmo quando estou sozinho. Eu acredito em Deus, mesmo quando ele está em silêncio.

Portanto, embora nossos problemas possam parecer intransponíveis, na verdade, são apenas oportunidades disfarçadas para que o nome do Altíssimo seja glorificado em nossa vida. Diante disto, o que você vai faz em meio às crises?

Rev. Jocarli A. G. Junior

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