quarta-feira, 20 de junho de 2012

Deus nos dará sucesso - [Estudo 2 – Ne 2.1-20]

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por Rev. Jocarli A. G. Junior

Uma das grandes características dos jovens é o idealismo. O entusiasmo dos jovens pode inspirar fé e coragem nas pessoas que perderam a esperança em algum momento nas muitas batalhas da vida. Alguém disse: “Os ideais são como as estrelas. Nós nunca os alcançaremos, mas, como os marinheiros no mar, definimos nosso curso por eles”.[1]
Todavia, quando amadurecemos, percebemos que as coisas nem sempre acontecem da maneira como gostaríamos, mesmo quando investimos tempo em oração. Seguir a Jesus não garante uma vida livre de problemas. Na verdade, muitas vezes nos leva a problemas mais profundos. Mas, parte da maturidade é aprender a lidar com o mundo como ele é, não como nós gostaríamos que fosse.
Neemias 2 tem algumas lições sobre as realidades de servir a Deus. Ele enfrentou problemas reais, mas, com a graça de Deus, foi capaz de transformá-los em grandes realizações. Nosso capítulo mostra-nos três fatos:

I. Neemias se preparou para uma grande obra
“As palavras de Neemias,  filho de Hacalias. No mês de quisleu, no ano vigésimo,  estando eu na cidadela de Susã... No mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes,  uma vez posto o vinho diante dele, eu o tomei para oferecer e lho dei; ora, eu nunca antes estivera triste diante dele” (Ne 1.1; 2.1)
A fim de transformar os obstáculos em degraus para o sucesso é necessário um tempo de preparação. O capítulo começa com uma nota cronológica que, em comparação com 1.1, nos mostra que, quatro meses se passaram entre o momento que Neemias ouviu o relatório de Hanani até a sua oportunidade de falar com o rei (quisleu/nisã). Durante esse período, Neemias lamentou, chorou, jejuou e orou a Deus para fazer algo sobre a grave situação em Jerusalém.
Comparado com outros homens na Bíblia que Deus usou, quatro meses pode ser considerada uma espera pequena. Abraão esperou mais de 25 anos para receber o filho da promessa, Isaque. O povo de Israel permaneceu escravizado no Egito durante 400 anos. Moisés passou 40 anos no deserto antes de ser um instrumento nas mãos de Deus para tirar o povo do Egito. Em seguida, Moisés caminhou com o povo por mais 40 anos no deserto. Davi passou 20 anos fugindo do rei Saul. O apóstolo Paulo passou 3 anos sozinho na Arábia antes do Senhor começar a usá-lo de forma mais significativa. Esperar é difícil! Mas, o que você faz enquanto espera? Neemias fez duas coisas.
A. Neemias orou
Ao longo do livro, encontramos Neemias orando nada menos do que 11 vezes em 13 capítulos (1.5-11; 2.4, 4.4, 9; 5.19; 6.9, 14; 13.14, 22, 29, 31). Muitas delas são orações frases, como em 2.4, mas refletem o fato de que em toda e qualquer situação, Neemias buscou a ajuda Deus.
“O rei me disse: Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser tristeza do coração. Então, temi sobremaneira” (v. 2) – Neemias tinha esperado pacientemente pela oportunidade certa para se apresentar diante do rei Artaxerxes e fazer o seu pedido. Ele corria um grande risco. Os reis gostam de estar rodeados de pessoas felizes. Essa atitude poderia ter causado a perda do emprego de Neemias. A gravidade de sua situação pode ser visto quando ele declara: “Então temi sobremaneira” (2.2). Era a oportunidade que ele estava esperando, mas quando ela surgiu, ele estava apavorado. Como lidar com isso? Neemias orou!
“Disse-me o rei: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus” (Ne 2.4) – Sua oração foi um grito silencioso de “Ajuda-me, Senhor!” Ou: “Senhor, dá-me sabedoria agora!” Esta oração rápida mostra que Neemias dependia do Senhor em cada situação. Neemias não atribuiu a resposta favorável do rei à boa sorte. Mais adiante, ele declara: “E o rei mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo” (Ne 2.8). Como Provérbios diz: “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1). Ou, como Hudson Taylor disse: “É possível mover os homens através de Deus somente pela oração” .[2]
Se você deseja realizar qualquer coisa grandiosa para Deus, você precisa começar pela oração. Charles Trumbull declarou: “Orar é liberar as energias de Deus. Pois a oração é pedir que Deus faça aquilo que não podemos fazer”.[3] Neemias era um homem de oração.
Além do mais, é importante destacar a grande diferença entre o trono de Artaxerxes com o trono de Deus. Neemias teve que esperar por um convite antes de compartilhar a sua dor com o rei, mas a Bíblia diz que, podemos chegar ao trono da graça, a qualquer momento com qualquer necessidade (Hb 4.14-16). Artaxerxes viu a tristeza no rosto de Neemias, mas nosso Senhor vê nossos corações e não apenas conhece as nossas tristezas, mas também sente a nossa dor. Warren Wiersbe conclui dizendo que, eu e você nunca temos certeza sobre o ânimo de um líder humano, mas você sempre pode ter a certeza de que será bem-vindo diante do Deus amoroso. [4]
B. Neemias planejou
5 e disse ao rei: se é do agrado do rei, e se o teu servo acha mercê em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. 6 Então, o rei, estando a rainha  assentada junto dele, me disse: Quanto durará a tua ausência? Quando voltarás? Aprouve ao rei enviar-me, e marquei certo prazo.
Enquanto orava e esperava a resposta de Deus, Neemias teve tempo para planejar. Em sua oração em 1.11, e suas ações subsequentes, fica evidente que ele já estava formulando um plano. Seu planejamento ficou claro quando o rei perguntou quanto tempo duraria sua ausência. Neemias já sabia quanto tempo era necessário para a obra, porque ele disse: “Marquei certo prazo” (2.6). Esse prazo é descrito no capítulo 5, onde está registrado que ele ficou em Jerusalém durante 12 anos (5.14), provavelmente ele terminou os muros, em seguida, retornou para relatar ao rei Artaxerxes, e depois voltou para servir como governador em Jerusalém.
Não obstante, Neemias fez alguns pedidos específicos ao rei que demonstram um planejamento cuidadoso (2.7-8). Ele pediu cartas para os governadores das províncias que lhe permitisse passar através de seu território. Ele pediu uma carta para o guarda da floresta do rei, para obter madeira para fazer reparações nos muros e portões, e para sua própria casa. John Maxwell corretamente afirma que o líder segue a lei do carpinteiro: mede duas vezes e corta apenas uma.[5]
Embora Neemias não fosse pedreiro ou empreiteiro de construção, ele soube planejar cuidadosamente. Ele refletiu sobre todo o empreendimento, antecipou as dificuldades e desenvolveu soluções com antecedência. Ele tinha calculado cuidadosamente o custo.[6] Neemias tinha um plano bem formulado e persistiu nesse plano. Tudo isso fluiu de sua vontade de se envolver e tomar a iniciativa.
Aqui está uma preciosa lição. Muitas vezes os líderes negligenciam um planejamento cuidadoso, seja na igreja, no mundo dos negócios ou no governo. Tristemente, nos círculos cristãos, a falta de planejamento tem sido tratada não com relaxo, mas, como falta de espiritualidade. O comentarista James M. Boice descreve o diálogo comum de um sonhador espiritual:
“Deus me disse para fazer assim e assim”, diz o sonhador.
“Sim? E como você vai fazer isso?”
“Eu não sei. Acho que só vou começar e ver o que o Senhor vai fazer”. As pessoas que começam desta maneira geralmente retornam com o trabalho não terminado.[7]
Planejar com sabedoria é crucial antes de qualquer tarefa (Lc 14.28-33). Assim, enquanto você espera no Senhor, você deve orar e planejar. Essa atitude é uma confiança de que Deus vai concretizar os seus planos para Sua glória, e quando Ele o fizer, esteja preparado para receber.
III. Neemias avaliou a situação
11 Cheguei a Jerusalém, onde estive três dias. 12 Então, à noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão o que eu montava.
Os versos de 11 a 15 descrevem a viagem de Neemias durante a noite em Jerusalém. Até o momento ele não tinha informado a ninguém que estava ali para reconstruir os muros de Jerusalém (v. 12). Além disso, antes de revelar seus planos, ele queria ver a situação por si mesmo.
Antes ele falar ao rei sobre o desejo de ir a Jerusalém, Neemias formulou um plano. Aqui, mais uma vez, antes de falar com o povo ele espera o momento certo e elabora mais um plano. Quais são os passos na produção de um bom plano?
1. Informação.
“De noite, saí pela Porta do Vale, para o lado da Fonte do Dragão...” (v. 13) – Esse é um dos incidentes mais conhecidos no livro de Neemias, quando ele cavalga pela noite para inspecionar o muro da cidade. Há muitas coisas que poderíamos esperar Neemias fizesse ao chegar pela primeira vez em Jerusalém, talvez assumir o poder, talvez realizar entrevistas com os homens mais importantes da cidade, talvez até mesmo tentar criar alianças com os líderes das cidades circunvizinhas.[8] No entanto, durante os primeiros três dias, ele não fez nada. Então, no terceiro dia, à noite ele leva alguns homens de confiança e sai examinando os muros. Ele é tão detalhado em seu relatório que até hoje este (juntamente com o cap. 3) é o melhor registro histórico da extensão da cidade no período pós-exílico.
Em determinado lugar, o entulho era tanto que impediu que ele passasse a cavalo. Como líder, ele precisava saber exatamente a situação da cidade para desenvolver um plano prático de ação. Neemias não encobriu os problemas. Ele descreve-o ao povo como “uma miséria... um opróbrio” (v. 17).
2. Conceituação
Depois de reunir as informações necessárias, Neemias desenvolveu um conceito de como a reconstrução poderia ser feita. Alguém pode argumentar se, após uma inspeção noturna dos muros danificados, Neemias poderia ter adquirido todas as informações necessárias para reconstruí-los. A resposta provavelmente é não. Mas, apesar de Neemias provavelmente não tem todas as informações que precisava para concluir a reconstrução, ele tinha o suficiente para ter formulado um plano (capítulo 3).
Wiersbe estava certo quando escreveu: “Neemias viu mais à noite do que os moradores viram a luz do dia, pois ele viu o potencial, bem como os problemas. É isso que faz um líder!”[9] Para ter um plano exequível, não é necessário obter toda a informação, mas é necessário ter a informação necessária e, em seguida, formular um plano sábio. Neemias fez isso antes de falar ao povo de Jerusalém.
3. Implementação
Neemias foi positivo, ele centrou-se na glória e grandeza do Senhor. Ele tinha estado na cidade, apenas alguns dias, mas ele falou de “nós” e “nós” e não “você” e “eles”. Como fez em sua oração (1.6-7), ele se identificou com as pessoas e suas necessidades. A cidade era um opróbrio para o Senhor (1.3, 4.4, 5.9), mas a mão do Senhor estava com eles.
Os judeus responderam fortalecendo as mãos para a boa obra (v. 18). Eles nem lembram a Neemias que o rei havia embargado a restauração no tempo de Esdras (Ed 4).
A boa mão de Deus estava sobre o líder, e os seguidores “fortaleceram as mãos” para o trabalho (Ne 2.8, 18). É preciso ambas as mãos, da liderança e as mãos dos cooperadores para realizar a obra do Senhor. Os líderes não podem fazer o trabalho sozinho, e os trabalhadores não podem realizar muito sem a liderança.
III. Neemias aproveitou as oportunidades
2 O rei me disse: Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser tristeza do coração. Então, temi sobremaneira 3 e lhe respondi: viva o rei para sempre! Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo?
Deus graciosamente moveu o coração do rei. Todavia, Neemias aproveitou cada pergunta para ser bem-sucedido em sua empreitada. As boas perguntas ajudam-nos a esclarecer situações como também dissipar dúvidas e suspeitas.[10] Neemias viu a sua oportunidade quando o rei perguntou: “Que me pedes agora?” Deus abriu a porta com estas palavras.
1. Neemias teve tato para lidar com um rei incrédulo.
Quando o rei perguntou por que ele estava triste, Neemias respondeu com outra pergunta. Muitos teriam dito: “Por que estou triste? Eu vou te dizer por que estou triste. Treze anos atrás, no sétimo ano do seu reinado, uma delegação de judeus foi a Jerusalém com os judeus e o escriba Esdras. Eles tentaram cumprir o decreto de seu antecessor Ciro para reconstruir o templo e as muralhas. Mas quando os governadores do além Eufrates ouviram falar sobre isso, e apelaram para o Senhor para que o trabalho parasse, o Senhor nem sequer esperou para ouvir o outro lado da história. O senhor não viu que os governadores eram simplesmente invejosos e tinham medo de que uma Jerusalém revitalizada se tornasse algo prejudicial aos seus interesses”.
Se Neemias tivesse agido assim, teria desperdiçado uma grande oportunidade. Em vez disso, Neemias perguntou: “Como não me estaria triste o rosto se a cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo?” (v. 3). Desta forma, o rei entendeu que Neemias tinha motivos para ficar triste e queria ajudá-lo.[11]
Neemias sabia que o que ele queria exigiria a reversão de uma ordem do rei Artaxerxes (Ed 4.7-23), e ele entendeu que qualquer pedido para fortificar uma cidade seria suspeito. Então, Neemias tratou o assunto como uma questão pessoal.
É interessante notar que apesar de Neemias pedir permissão para reconstruir os muros de Jerusalém, em nenhum momento ele menciona o nome da cidade. Ele se referiu a ela como “a cidade onde estão os sepulcros dos meus pais” (v. 3) e “a cidade de Judá” (v. 5). É um ponto simples, mas de extrema sabedoria. Como Dale Carnegie expressou: “Se você quer recolher o mel, não chute a colmeia”.[12]
Além disso, Neemias havia adquirido o respeito do rei através de sua competência no trabalho. O questionamento do rei sobre o tempo que ele ficaria em Jerusalém demonstra sua importância no palácio. Todo cristão deve ser uma testemunha em seu emprego por seu caráter, competência e pelas suas palavras.
2. Neemias teve tato para lidar com os crentes desmoralizados.
17 Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio.18 E lhes declarei como a boa mão do meu Deus estivera comigo e também as palavras que o rei me falara. Então, disseram: Disponhamo-nos e edifiquemos.  E fortaleceram as mãos para a boa obra.
Neemias teve sucesso diante do rei, mas agora, ao chegar a Jerusalém, ele enfrentou outros dois problemas: uma derrota na memória do povo e um grupo de trabalhadores desencorajados.
A. A história da derrota. Neemias chegou a Jerusalém no vigésimo ano do rei Artaxerxes, cerca de 445 a.C., mas o trabalho tinha realmente começado no segundo ano do rei Ciro em 538 a.C., mais de noventa anos antes. Na época, o primeiro contingente de judeus tentou reconstruir o templo, mas a tarefa se revelou difícil. Levou quinze anos para terminar o templo. Então, quando a primeira tentativa de restaurar os muros foi feita, a oposição se levantou e apelou ao rei Artaxerxes para que a restauração fosse embargada. Isso aconteceu após o retorno de um segundo grupo de exilados no sétimo ano de Artaxerxes. Quando Neemias chegou, havia treze anos que a obra estava parada. Neemias enfrentou não apenas uma tarefa difícil, mas a inércia também.
B. Um grupo de trabalhadores desencorajados. Para piorar a situação, as únicas pessoas que Neemias poderia contar no trabalho de restauração, estavam desencorajadas.
Uma tarefa árdua? Sim. Mas os grandes obstáculos são oportunidades para grandes homens como Neemias. Ele passou três dias observando e pensando como apresentar seu projeto ao povo e superar as objeções. Depois disso, ele chamou os líderes judeus e afirmou muito claramente o problema: “Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio” (2.17).
Neemias mexe com o brio do povo. Ele desperta no coração do povo o sentimento de patriotismo. Em seguida, ele convoca o povo para o trabalho. Neemias desafiou-os com a obra a ser feita: motivou-os para a realização da tarefa, e encorajou-os com a segurança do sucesso.[13] Neemias deve nos ensinar a combinar sabedoria e tato com a verdade simples.
Felizmente, o povo aceitou a visão e seguiu Neemias. Eles estavam prontos para reconstruir o muro. Mas lembre-se nem todos ficarão felizes quando você começar a fazer algo grande para Deus.
3. Neemias teve tato para trabalhar com os inimigos.
19 Porém Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio,  quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
Quando você tenta coisas grandes e impossíveis para Deus, o inimigo vai estar ali para rir, desprezá-lo, ridicularizá-lo e tentar destruir a sua fé.[14] Sambalate era o governador de Samaria, ao norte. Tobias, cujo nome é judeu (Jeová é bom), governava os Amonitas ao leste. Gesém era o líder dos árabes ao sul. Todos eles se opuseram a uma Jerusalém fortificada porque ameaçava a suas posições políticas. Eles estavam descontentes (2.10) e se uniram para ridicularizar o projeto e acusaram o povo de rebelião contra o rei (2.19).
Se Jerusalém fosse reconstruída, isso interferiria a supremacia econômica de Samaria. A estratégia de Sambalate era diminuir a autoestima, enfraquecer a determinação e destruir a moral deles. Os críticos só agem em seu próprio interesse.[15]
Neemias demonstra sabedoria ao lidar com estes inimigos. Ele enfrentou corajosamente e desenhou a linha entre eles e o povo de Deus para que eles não pudessem participar do projeto com o objetivo de sabotá-lo. Ele não usou o poder político das cartas do rei, mas a influência espiritual: “O Deus do céu nos dará sucesso” (2.20, NTLH).
Toda vez que o povo de Deus disser: “Vamos levantar e construir”, o inimigo dirá: “Vamos levantar e detê-los”. Um líder piedoso deve ter o discernimento de saber quando trabalhar com as pessoas e quando confrontá-las. Às vezes, os líderes têm de negociar, mas há momentos em que os líderes devem desenhar uma linha e defendê-la. Infelizmente, nem todo mundo concordou em Jerusalém com o seu líder, alguns deles colaboraram com Sambalate, Tobias e Gesém.[16]
Todo líder enfrentará críticas. Só existe uma forma de não receber críticas, não faça nada, não diga nada e não seja nada. Se você está fazendo a vontade de Deus, espere oposição. Elogios e críticas vêm e vão. Agradar a Deus é tudo que importa.
Assim, para servir a Deus de forma realista, você deve aprender a esperar em Deus e trabalhar com pessoas.
Conclusão:
O povo de Jerusalém foi motivado pela sua cidadania terrena e respondeu, como a história mostra, através da reconstrução dos muros de sua cidade. Mas, nós também temos uma cidade, mas, uma pátria celestial (Fp 3.20). Temos orgulho dessa cidadania? Somos motivados a trabalhar com entusiasmo para a expansão do reino de Deus aqui? Há trabalho a ser feito, muros para serem reconstruídos. Além disso, em contraste com o mero edifício terreno nos dias de Neemias, o que construímos neste mundo, sejam nosso caráter ou nossas boas ações, eles duram para sempre.
Antes de concluir este estudo, devemos olhar um princípio final demonstrado por Neemias. Ele disse aos seus inimigos “vós, todavia, não tendes parte, nem direito, nem memorial em Jerusalém” (v. 20). Pense sobre o que ele está dizendo. Os poderes das trevas, representados por esses três homens, que se levantariam contra a reconstrução do programa físico ou espiritual, não têm nenhum direito legal-passado, presente ou futuro dentro do Reino de Deus (veja Cl 2.13-15).[17]
Portanto, você não tem que sucumbir às acusações de Satanás e suas mentiras. Se você é filho de Deus, o Eterno fará com que você tenha sucesso em sua jornada. Não desista dos seus sonhos!

[1] Carl Schurz, Readers Digest [5/84], p. 66.
[2] Citado por Charles Swindoll, Hand Me Another Brick [Thomas Nelson Publishers], p. 43).
[3] BARBER, Cyril J. Neemias e a dinâmica da liderança eficaz. São Paulo: Editora Vida, 1991, p. 30.
[4] Wiersbe, W. W. (1996). Be determined (26). Wheaton, Ill.: Victor Books.
[5] MAXWELL, John. 21 minutos de poder na vida de um líder. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007, p. 77.
[6] MACARTHUR, John. O livro sobre liderança. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2009, p. 31.
[7] Boice, J. M. (2005). Nehemiah : An expositional commentary (29). Grand Rapids, Mich.: BakerBooks.
[8] Boice, J. M. (2005). Nehemiah : An expositional commentary (33–34). Grand Rapids, Mich.: BakerBooks.
[9] Wiersbe, W. W. (1996). Be determined (31). Wheaton, Ill.: Victor Books.
[10] BARBER, Cyril J. Neemias e a dinâmica da liderança eficaz. São Paulo: Editora Vida, 1991, p. 31.
[11] Boice, J. M. (2005). Nehemiah : An expositional commentary (26). Grand Rapids, Mich.: BakerBooks.
[12] Dale Carnegie, How to Win Friends and Influence People (New York: Simon & Schuster, 1963), 19.
[13] Quoted by Cyril J. Barber, in Nehemiah and the Dynamics of Effective Leadership (Neptune, NJ: Loizeaux Brothers, 1976), 39.
[14] Fleming, J. L. (2005; 2005). Rebuilding the Wall (Ne 2.19–20). James L. Fleming.
[15] CATT, Michael. Vivendo Corajosamente. São Paulo: Imprensa da Fé, 2012, p. 117.
[16] Wiersbe, W. W. (1996). Be determined (33–34). Wheaton, Ill.: Victor Books.
[17] Fleming, J. L. (2005; 2005). Rebuilding the Wall (Ne 2.19–20). James L. Fleming.

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