segunda-feira, 11 de junho de 2012

Se a responsabilidade é do piloto...

david-and-goliath


Ah!! O nosso tempo... Não quero tratar aqui de tempo como a época em que vivemos. Eu sei, estes são “dias maus” e são sem dúvidas, uma variável importante a ser levar em conta como uma constante nas equações dos problemas que enfrentamos e haveremos de sempre tê-los pela vida a fora. Problemas não são em si mesmos um mal. Mas sempre e independentemente da sua proporção tem que ser no mínimo, levado a sério. Nada que acontece ao nosso redor, deve ser tratado com indiferença. Já se disse: “Ninguém é uma ilha”. Somos seres sociais, interdependentes mesmo antes do nosso nascimento, portanto, não estando sós, fa talmente estaremos ou sendo o problema ou somos parte dele.
No início dos anos de 1960 um humorista chamado Ronald Golias, ainda lembrado hoje, começava a fazer sucesso. De vez em quando me vem à memória uma piada dele: a cena se deu enquanto ele embarcava em um avião, subentendia-se que era a primeira vez que iria voar. Ele não se entendia com o cinto de segurança, e perturbava bastante um seu companheiro de viagem e chamava muito a atenção dos demais passageiros até que dos altos falantes, ele ouviu: “Esta aeronave está sob a responsabilidade do comandante Borges, Sejam bem-vindos e boa viagem” – o senhor está com medo? Perguntou naquele instante a aeromoça que dele se aproximara –. De forma nenhuma minha senhora! Respondeu o Golias batendo os dedos um contra os outros, num movimento de vai e vem de cima para baixo das mãos, acompanhados dos trejeitos que o caracterizava. E, num tom de total satisfação e indiferença respondeu –. Esta aeronave está sob a responsabilidade do comandante Borges. Se esta geringonça despencar, eu não tenho nada com isso! Rindo da própria constatação assentou-se.
Sem querer aventar trocadilho, neste ultimo domingo dia dez de junho, na Escola Dominical o pastor trouxe-nos para estudo o capítulo dezessete do primeiro Livro de Samuel. Versou em particular sobre o episódio entre Davi e Golias. O que mais me chamou a atenção entre outras, foi o fato de que Davi tomou como sua a responsabilidade – que muitos podem discernir não ter sido dele –, de resolver o problema. Davi – como Golias, digo o humorista –, poderia ter dito: essa guerra é de responsabilidade do comandante Saul, e então, cumpriria o que o seu pai o incumbira de fazer, daria meia volta, menearia a cabeça e voltaria para casa feliz pelo dever cumprido.
A diferença começou ali, no primeiro de muitos episódios que o tornaria, nomeado pelo Próprio Deus como “Homem segundo o Meu Coração”. Pude discernir que se Davi houvesse se paramentado com as armaduras de guerra que lhe fora sugerido pelo Rei Saul, ele teria sido um soldado, mesmo que corajoso, como todos os demais que acovardados não ousavam enfrentar tamanho problema. O gigante era demais para eles. Com aquela vestimenta sugerida, Davi talvez naquele episódio, apesar do urso e do leão que outrora enfrentara, ele não seria páreo – por não ser um soldado –, sequer para o escudeiro que ia adiante de Golias. Eu vi, através dos olhos do Professor, Pr. Jocarli, com quais armaduras Davi se vestiu e enfrentou aquele reles incircunciso: “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto” (Is 59.17). Também, nem deu tempo para esquecer o estudo da carta de Paulo aos Efésios: “Filhos obedecei a vossos pais (...) Honra a teu pai e tua mãe (...)e vós, pais, não provoquei vossos filhos à ira (...) Revesti-vos de toda armadura de Deus(...) embraçando sempre o escudo da fé (...) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito que é a palavra de Deus”. Por fim, deduzo pelo que venho aprendendo da palavra ministrada aos domingos e as quartas-feiras, que os problemas que o meu país enfrentar, serão também de responsabilidade minha. Dos problemas da minha cidade faço parte eu. Das dores e das aflições dos irmãos em Cristo e em particular os da minha Igreja local, são problemas meu. O bem estar e o sucesso da minha família, bem como de qualquer problema que vier afligi-la são de responsabilidade do pai, da mãe, dos filhos e de quantos mais a ela se agregarem. O problema é meu. Que o Senhor seja para sempre louvado.

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