quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Deus não é injusto – Ne 11.1-36

propaganda blog estudos por Rev. Jocarli A. Junior

Quando Winston Churchill foi nomeado primeiro-ministro da Inglaterra durante os primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, as perspectivas de vitória eram muito pequenas. Churchill motivou a nação não prometendo nada, mas apenas, sangue e lágrimas. Ele caminhava pelas ruas bombardeadas de Londres desafiando os cidadãos da capital e do interior a segui-lo.

Um dos britânicos, que aceitou o desafio de trabalhar duro para derrotar os alemães foi uma adolescente chamada Elizabeth, a filha do rei George VI. Ela vestiu macacão e se dispôs a dirigir um caminhão para apoiar o esforço de guerra. Com o tempo, outros aliados, incluindo os Estados Unidos, desempenharam papéis importantes na guerra, mas por um bom tempo em 1940, o ingleses ficaram praticamente sozinhos e perseveraram, porque eles aceitaram o desafio de seu primeiro-ministro.[1]

No início do livro de Neemias somos informados a respeito da situação de Jerusalém: “A cidade era espaçosa e grande, mas havia pouca gente nela, e as casas não estavam edificadas ainda” (Ne 7.4). Neemias, como o primeiro-ministro Winston Churchill acima, desafiou o povo a reconstruir e repovoar a capital.

Neemias 11 é mais uma daquelas porções da Escritura que você olha e pensa: “Por que Deus colocou isso em Sua Palavra inspirada?” Todavia, ao examinar essa lista, é possível encontrar, três lições preciosas acerca do nosso envolvimento na obra do Senhor.

I. O Ministério envolve o desejo de viver onde Deus quer que você viva.

1 Os príncipes do povo habitaram em Jerusalém, mas o seu restante deitou sortes  para trazer um de dez para que habitasse na santa cidade  de Jerusalém; e as nove partes permaneceriam em outras cidades. 2 O povo bendisse todos os homens que voluntariamente se ofereciam ainda para habitar em Jerusalém.

Os muros estavam reconstruídos, mas não havia muitas pessoas vivendo na cidade (7.4). Quando o povo voltou do exílio, os muros estavam derrubados e havia muitos escombros. Era necessário muito trabalho para limpar e restaurar a cidade. Além disso, a cidade estava vulnerável e poderia facilmente ser tomada pelos inimigos.

“Os príncipes do povo habitaram em Jerusalém, mas o seu restante...” (v. 1) – Os líderes do povo, é claro, moravam em Jerusalém. Mas a maioria do povo vivia nas cidades ou em vilarejos longínquos. No primeiro momento não era um oportunidade econômica habitar na capital. Era muito mais fácil viver e cultivar o seu próprio pedaço de terra. Assim, a maioria das pessoas se contentava em não abandonar as terras e viver nas aldeias vizinhas.

Por que não havia muitas pessoas vivendo na cidade Jerusalém? A cidade estava sem muros, por cerca de 160 anos. Os judeus passaram 70 anos na Babilônia, e um adicional de 90 anos se passou antes de Neemias entrar em cena. Assim, por mais de 160 anos, Jerusalém era uma pilha de escombros. Então, o que as pessoas fizeram? Eles construíram casas espaçosas, ricamente decoradas no subúrbio. A maioria dos judeus havia abandonado a vida urbana.

A outra razão para a falta de pessoas foi o fato de que, se alguém mudasse para a cidade, teria muito trabalho para fazer. Então, como é que eles levaram as pessoas para a cidade? Isso deve ter incomodado a Câmara de Comércio de Jerusalém nos dias de Neemias. Eles tinham que elabora um plano.

Veja o versículo 1 de Neemias 11. Alguém viviam em Jerusalém? Sim, os membros da câmara de comércio: “Os líderes do povo vivia em Jerusalém”. Eles tinham que morar lá, era parte do trabalho. Eles recebiam um bônus anual, que provavelmente fazia parte de um plano de incentivo para encorajar a viver na cidade.[2] Mas o restante do povo não. Eles viviam nas aldeias vizinhas, atraentes pelo vale-subúrbio.

“... mas restante deitou sortes para trazer um de dez para que habitasse na santa cidade de Jerusalém...” (v. 1) – Neemias sabia que para a cidade se tornar forte e próspera, ela teria que ser habitada por pessoas dispostas a defendê-la. Porém, foi necessário tirar a sorte e escolher um de cada dez pessoas para morar em Jerusalém.

Alguns desses cidadãos tiveram que ser quase que “arrastados” para Jerusalém (Ne 11.1-2). O povo havia prometido dizimar seus produtos (10.37-38), agora, Neemias decidiu dizimar o povo, e 10 por cento foi escolhido por sorteio, para abandonar as aldeias em Jerusalém. [3]

“O povo bendisse todos os homens que voluntariamente se ofereciam ainda para habitar em Jerusalém” (v. 2) – Porém, algumas pessoas que não foram escolhidas se ofereceram para viver na cidade (11.2). Os que ficaram nas aldeias elogiaram aqueles que estavam dispostos a mudar-se para Jerusalém. É provável, que aqueles que se ofereceram tenham sido incluídos nos dez por cento do povo, em vez de serem adicionados.[4]

Não é de admirar que a conduta desses voluntários tenha suscitado o tributo e admiração do público, pois eles sacrificaram a sua segurança pessoal e conforto para os interesses da comunidade.[5]

“... Os homens voluntariamente se ofereciam...” (v. 2) – O que torna esta ação dos voluntários significativa é a palavra traduzida por “voluntariamente”. É uma palavra hebraica (nadab) que significa “impulsionar, impelir, incitar a partir de dentro”. Inerente à palavra estáa ideia de generosidade interior e vontade. Em outras palavras, bem no fundo, estes voluntários foram despertados, eles foram impelidos por Deus a se moverem.[6] E eles o fizeram isso de boa vontade e generosidade. Se não houvesse voluntários, a cidade não teria prosperado, nem poderia ter resistido aos ataques inimigos que surgiram nos anos posteriores.

Aqueles que se mudaram tiveram que arrancar as raízes de onde estava, desistir de sua área cultivada e mudar-se para o que rapidamente se tornou uma cidade povoada. Com base no número de homens que se mudaram para a cidade (3044), havia cerca de 10.000 pessoas, uma estimativa conservadora, que se mudaram para a cidade, com uma população total de 100.000 judeus na terra.[7] Embora fosse inconveniente, essas pessoas estavam dispostas a viver onde Deus queria que eles estivessem, a fim de servi-Lo em Seu propósito.

O registro dos que mudaram para Jerusalém inclui os filhos de Judá (468), os filhos de Benjamin (928), sacerdotes (822), levitas (284), porteiros (172) e outros. Os cantores do templo tinha um estatuto especial na cidade sob ordem direta do rei Artaxerxes (11.3-24).[8]

Uma das primeiras considerações que qualquer servo de Deus deve pensar é: “Onde Deus quer que eu viva?” Você já imaginou o que iria acontecer se na igreja local, dez por cento dos membros fossem convidados a se mudar, a fim de fortalecer e ampliar o trabalho do Senhor em outra região? Será que teríamos algum voluntário?

II. O Ministério envolve servir na área em que Deus chamou você para servir.

3 São estes  os chefes da província que habitaram em Jerusalém;  porém nas cidades de Judá habitou cada um na sua possessão, nas suas cidades, a saber, Israel, os sacerdotes, os levitas, os servidores do templo e os filhos dos servos de Salomão.

Dois grupos diferentes são mencionados em Neemias 11.4-9. Representam duas tribos separadas. Judá é uma tribo grande, enquanto Benjamim é bem pequena.[9] O capítulo 11 lista os chefes de famílias em Jerusalém (11.3-9), sacerdotes (11.10-14); levitas (11.15-18); porteiros e guardas do templo (11.19-21); várias autoridades nomeadas pelo rei da Pérsia (11.22-24), e, as pessoas que moravam fora da cidade (11.25-36).

“Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim... Dos levitas: Semaías, filho de Hassube, filho de Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni” (v. 10 e 15) – Em seguida, os sacerdotes, levitas, e os trabalhadores do templo são nomeados (Ne 11.10-24). No entanto, é importante notar que, Deus havia reservado cidades especiais para eles (Js 21), para que pudessem legitimamente viver fora de Jerusalém, mas eles escolheram morar com o povo, enquanto serviam a Deus no templo. Como Jeremias, eles optaram por permanecer com o povo, mesmo que fosse mais seguro e mais confortável viver em outro lugar (Jr 40.1-6).

Os sacerdotes oficiavam no altar, e os levitas os assistiam. Alguns supervisionavam a manutenção do templo (Ne 11.16), enquanto outros ministravam com oração e louvor (v. 17, 22), e ambos eram importantes. Havia cerca de 300 homens designados para proteger o templo (v. 19). Uma vez que os dízimos e ofertas eram armazenados no templo, era importante que o edifício fosse protegido.[10]

Eram necessárias muitas pessoas, com habilidades diversas, para manter o ministério em Jerusalém, e cada pessoa servia a Deus em sua respectiva área. Aqueles que viviam fora da cidade tinham que cultivar a terra e fornecer alimentos para os moradores da cidade. Cada um tinha um papel diferente, mas cada papel era fundamental para a causa inteira.

De forma semelhante, no corpo de Cristo, cada membro é vital para o funcionamento e saúde do corpo (1Co 12.12-30). Devemos aprender a cooperar uns com os outros sem atrito ou rivalidade. Deus usa muitas pessoas com diferentes dons e habilidades para fazer o seu trabalho neste mundo. O importante é se entregar ao Senhor para que Ele possa nos usar como Seus instrumentos para realizar a Sua obra. Cada pessoa é importante e cada tarefa é significativa.

III. O Ministério envolve uma disposição de servir sem aclamação.

4 Habitaram, pois, em Jerusalém alguns dos filhos de Judá e dos filhos de Benjamim. Dos filhos de Judá: Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias, filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalalel, dos filhos de Perez;

5 e Maaséias, filho de Baruque, filho de Col-Hozé, filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe, filho de Zacarias, filho do silonita.

6 Todos os filhos de Perez que habitaram em Jerusalém foram quatrocentos e sessenta e oito homens valentes.

A maioria destes nomes não significa nada para nós. Alguns não foram nem citados, mas foram relacionados com todos os seus parentes como um grupo (11.12-14). Zabdiel é nomeado (11.14), embora não signifique nada para nós, os seus 128 parentes, não mencionados, eram guerreiros valentes. Eles, mesmo não tendo o nome mencionado, se destacam por manter a cidade segura.

Em Neemias 11, encontramos cinco grupos específicos que voluntariamente se ofereceram para povoar a cidade, embora a sua entrega permanecesse anônima.

O primeiro grupo incluiu aqueles que voluntariamente se mudaram para a cidade (Ne 11.2). Eles deixaram suas casas, começaram do zero, e ainda se submeteram a um governo que não haviam escolhido. Eles abriam mão da vantagem pessoal pelo bem da coletividade. Embora pareçam insignificantes, eles eram muito importantes porque se tornaram os novos habitantes da cidade.

O segundo grupo é formado pelos Sacerdotes (Ne 11.10-14). Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim, Seraías, filho de Hilquias, filho de Mesulão, filho de Zadoque, filho de Meraiote, filho de Aitube, líder da casa de Deus e os seus parentes que realizavam o trabalho do templo, 822.

Havia 822 pessoas que voluntariamente trabalhavam no templo. O templo não tinha técnicos de iluminação, sonoplastia ou engenheiros estruturais, como em algumas de nossas igrejas hoje, mas todos, no grupo de 822 tiveram um trabalho muito importante.[11] Os sacerdotes tinham a função de orar pelo povo, ensinar a Lei e representar o povo diante de Deus.

O terceiro grupo é formado pelos Levitas (Ne 11.15-16). Os versículos 15 e 16 dizem que os Levitas presidiam “o serviço de fora da Casa de Deus...”. Eles cuidavam de todos os aspectos da Casa de Deus, uma espécie de diácono do Antigo Testamento. Os serviços realizados fora da Casa de Deus deviam ser a coleta e armazenamento de provisões, a coleta dos dízimos e impostos e a supervisão das instalações externas do edifício do templo (cf. Ed 8.33; 10.15; Ne 8.7). Embora tivessem uma função tão sublime, provavelmente, você não se lembra de um de seus nomes!

Matanias, o responsável pela oração.

Entre os Levitas, Neemias menciona “Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de Asafe, o chefe, que dirigia os louvores nas orações” (v. 17). Você provavelmente nem sabia que existia um homem chamado Matanias, Mas Deus sabia! Ele era um líder, e, acredite ou não, ele era uma das principais causas para o sucesso do templo. Ele era o chefe dos louvores e orações do templo.

Ao que parece, hoje, gastamos mais tempo com reuniões de planejamento do que com oração. Parece que as prioridade estão invertidas. Os recursos parecem vir dos homens e não de Deus. Confia-se mais na força do ser humano, do que na capacitação divina.

Entretanto, os maiores e mais conhecidos líderes da história foram homens de oração. João Crisóstomo, Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, Richard Baxter, Jonathan Edwards e muitos outros.

Grande parte dos presbiterianos já ouviu falar sobre o reformador escocês John Knox. Ele foi o precursor do presbiterianismo na Escócia. John Knox é conhecido por sua vida de oração e pela declaração feita pela Rainha da Escócia, Maria. Ela disse que tinha mais medo das orações de John Knox do que um exército de dez mil homens. O que poucos sabem é que o genro de John Knox, também era um homem de oração. John Welsh orava sete horas por dia. “Eu me surpreendo como um cristão pode se deitar em sua cama à noite e não se levantar para orar”, ele dizia. Certa vez sua esposa o encontrou chorando no chão depois da meia-noite e lhe perguntou por que estava chorando. “Ó, minha querida, ele disse, “tenho 3.000 almas pelas quais responder, e eu não sei como está muitas delas”. Em outra ocasião, ela o ouviu suplicando: “senhor, tu não vais me da a Escócia?”[12]

Assim como o oxigênio é importante para nossa vida, a oração é para a vida cristã. Charles Simeon, um reavivalista inglês, investia quatro horas por dia a Deus em oração. John Fletcher, um clérigo e escritor inglês, marcava as paredes do seu quarto com o hálito das suas orações. Algumas vezes, ele passava a noite toda em oração. David Brainerd dizia: “Eu amo estar só em minha cabana, onde eu posso gastar muito tempo em oração.”[13]

Os segredos da vida oculta de oração e jejum devem ser buscados por aqueles que são chamados para liderar o povo de Deus (Atos 6 e 7). Que Deus levante entre nós mais “Matanias”. Homens e mulheres conhecidos pela piedade.

Uzi, o responsável pela adoração.

Finalmente, Neemias 11.22 nos diz sobre o desconhecido um superintendente dos levitas em Jerusalém, cujo nome era Uzi. O que ele fazia? Bem, ele estava entre os filhos de Asafe, os cantores da Casa de Deus. Essas pessoas voluntariamente cantavam para a glória de Deus.

Hoje, esses nomes são desconhecidos, mas o fato de não serem conhecidos não tem nada a ver com suas recompensas finais. Deus nunca verifica um medidor de aplausos para determinar nossas recompensas.

De forma semelhante, a igreja precisa de muitas pessoas para funcionar bem. A igreja teria sérios problemas, se não tivéssemos pessoas trabalhando nos bastidores. Existem pessoas que nunca aparecem debaixo dos holofotes, mas fazem o que Deus lhes deu para fazer nos bastidores . Eles são como nossos órgãos vitais: você nunca vê-los, mas quando um deles se fecha para baixo, você está em apuros! Observe duas coisas sobre essas pessoas:

1. A fidelidade, não a fama, é a questão.

O motivo é o que realmente importa. Se trabalharmos para tentar ganhar reconhecimento dos outros, vamos trabalhar pelo motivo errado. Vamos ficar desapontados quando os outros não nos derem os elogios que buscamos. Charles R. Swindoll escreveu com sabedoria: “Se você deseja fama e reconhecimento, você vai falhar como líder e seus esforços não serão recompensados por toda a eternidade. Isso não é uma ameaça, é uma promessa”.[14] Ele cita as palavras do Senhor Jesus em Mateus, “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles;  doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste” (Mt 6.1).

Deus está pronto para abençoar os líderes que realmente não se importam em receber a glória.

2. Deus não é injusto.

Deus achou por bem registrar esses nomes que não significam absolutamente nada para nós. Mas significam algo para o Altíssimo, e é isso que em última análise, importa. Se você está ficando chateado porque ninguém na igreja percebe tudo o que você faz, o seu foco está no lugar errado. Olhe para o Senhor, a quem você está servindo. E lembre-se: “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos” (Hb 6.10).

Em Efésios, o apóstolo Paulo declara que a igreja só cresce à medida que cada membro trabalha em conjunto. Quando um crente não pratica corretamente seu dom como despenseiro de Deus (1Pe 4.10), a obra de Deus sofre, porque Deus não chamou outro cristão da mesma forma ou para fazer exatamente o mesmo trabalho. É por isso que nenhum cristão deve ser um espectador.[15] Todo crente está na equipe com os dons que recebeu do Altíssimo. Esse é o plano de Deus, cada membro com suas próprias habilidades, posição e responsabilidades.

Em festas de casamentos, aniversários e outras ocasiões, muitas vezes recebemos algum presente que não usamos. Às vezes, colocamos em uma gaveta, guardamos na garagem ou mais tarde presenteamos a alguém. Mas com Deus é diferente. Cada um de Seus dons é exatamente o que precisamos para cumprir nosso trabalho. Ele nos presenteou com habilidades e capacitação correta que precisamos para servir. Não somente nossos dons nos fazem um membro insubstituível do Corpo de Cristo, mas é um sinal do grande amor do Altíssimo.

Os dons que recebemos podem nos tornar importantes, mas, não necessariamente famosos. Talvez, você não se considere tão importante quanto Neemias ou Esdras, porém, você não é anônimo para Deus.

Conclusão:

O missionário pioneiro, William Carey, era um sapateiro antes de ir para o campo missionário. Ele mantinha um mapa da Índia em sua loja, parando de vez em quando para estudá-lo, com o desejo de pregar o evangelho naquele país.

Um dia, um amigo aconselhou-o por negligenciar o seu negócio. “Negligenciar o meu negócio?” Carey disse: “Meu negócio é estender o reino de Deus. Eu só conserto sapatos para pagar as despesas”. Essa deve ser a mentalidade de cada cristão. Se você conhece a Cristo como seu Salvador, você está no ministério agora!

Não muito tempo atrás, a organização Gallup realizou uma pesquisa com moradores de cidades com população superior a 50 mil, perguntando que organização poderia melhorar a vida da cidade. Havia todos os tipos de sugestões: a prefeitura, a câmara de vereadores, jornais locais, empresas locais, grupos de moradores, a câmara de comércio, bancos, clubes de serviços, construtoras, tudo o que você possa imagina. Você sabe o que grupo liderou a lista? As igrejas locais! Eles venceram com 48 por cento dos votos, à frente até mesmo da prefeitura, que ficou em segundo lugar. Ela teve apenas 39 por cento.[16]

Os únicos que podem mudar uma cidade são aqueles que amam a Deus sobre todas as coisas e estão dispostos a fazer o que Deus quer eles façam. Você está servindo a Deus de acordo com os dons que recebeu?

O mundo está esperando para ver o que os verdadeiros cristãos podem fazer. Na realidade, Deus também está esperando.


[1] Restoring and Renewing the People of God (A Study of Ezra & Nehemiah) by Jack W. Hayford with Joseph Snider. Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers, Inc. 1998 by Jack W. Hayford. Page 133.

[2] Swindoll, Charles R. Hand Me Another Brick. [Word Publishing, Thomas Nelson Company], 1998, p. 135).

[3] Wiersbe, W. W. (1996). Be Determined. “Be” Commentary Series (129–130). Wheaton, IL: Victor Books.

[4] Willamson, H. G. M. (1998). Vol. 16: Ezra, Nehemiah. Word Biblical Commentary (350–351). Dallas: Word, Incorporated.

[5] Jamieson, R., Fausset, A. R., & Brown, D. (1997). Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible (Ne 11.1). Oak Harbor, WA: Logos Research Systems, Inc.

[6] Swindoll, Charles R. Hand Me Another Brick. [Word Publishing, Thomas Nelson Company], 1998, p. 136).

[7] See Howard F. Vos, Bible Study Commentary: Ezra, Nehemiah, and Esther (Grand Rapids: Zondervan, 1987), 127.

[8] Smith, J. E. (1995). The Books of History. Old Testament Survey Series (Ne 11.1–24). Joplin, MO: College Press.

[9] BARBER, Cyril J. Neemias e a dinâmica da liderança eficaz. São Paulo: Editora Vida, 1991, p. 133.

[10] Wiersbe, W. W. (1996). Be Determined. “Be” Commentary Series (130–131). Wheaton, IL: Victor Books.

[11] Swindoll, Charles R. Hand Me Another Brick. [Word Publishing, Thomas Nelson Company], 1998, p. 138).

[12] ARMSTRONG, John, O Ministério Pastoral segundo a Bíblia, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 2007, p. 73.

[13] BOUNDS, E. M., Purpose in Prayer, Pensilvânia, Whitaker House, 11-14. apud. LOPES, Hernandes Dias, A Importância da Pregação Expositiva para o Crescimento da Igreja. Editora Candeia, São Paulo, 2004, p. 177.

[14] Charles Swindoll. Hand Me Another Brick. [Thomas Nelson Publishers], p. 133).

[15] MacArthur, J. (1996). Ephesians (137). Chicago: Moody Press.

[16] Boice, J. M. (2005). Nehemiah: An expositional commentary (123). Grand Rapids, MI: BakerBooks.

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